IJF recomenda que pacientes de pouca gravidade procurem outros hospitais, como os Frotinhas. Quase 40 leitos foram esvaziados para aliviar a situação do hospital durante o Carnaval
Diego Lage
diegolage@opovo.com.br
12 Fev 2010 - 00h53min
O Instituto Dr. José Frota (IJF) está promovendo um mutirão para reduzir a lotação em seus leitos. O hospital começou a semana com 95,12% de ocupação e precisou adotar medidas para evitar um estrangulamento com o pico de atendimento no Carnaval. O anúncio foi feito, ontem, na entrevista coletiva para apresentar o regime de trabalho das unidades de Saúde em Fortaleza até quarta-feira.
A coletiva foi realizada na Secretaria Municipal de Saúde. O esquema de trabalho envolve toda a rede municipal: IJF, três Gonzaguinhas, três Frotinhas, Nossa Senhora da Conceição e Centro de Assistência à Criança Lúcia de Fátima.
O superintendente do IJF, Messias Barbosa, explica que o ideal é a unidade ter até 85% de lotação. ``Com esse percentual você está preparado para trabalhar e atender caso surja algum problema grave``, frisou. A unidade tem 378 leitos e, segundo ele, a desocupação hoje está em torno de 90%. A diminuição aconteceu após a liberação de 22 leitos na terça-feira, outros 16 quarta-feira e cerca de 15 ontem.
As cirurgias com possibilidade de adiamento, chamadas de eletivas, foram remarcadas para após o Carnaval. Pacientes que poderiam ser operados sem prejuízo em outras datas receberam alta. Houve também um mutirão de cirurgias trauma-ortopédicas e, consequentemente, o esvaziamento de leitos.
Messias detalha que são 35 médicos para trabalhar em cada plantão de 12 horas no setor de emergência. Já o secretário da Saúde, Alex Mont-Alverne, lembra que o IJF tem perfil prioritário para atendimento terciário, como fraturas graves e queimados. Pacientes com fraturas de extremidades ou dor abdominal, por exemplo, devem ir para os Frotinhas.
A SMS tem receio sobre a baixa capacidade hospitalar de cidades promotoras de grandes festas de Carnaval. Houve uma reunião com os gestores interioranos e a Secretaria da Saúde do Estado para debater a questão.
E-MAIS
> As estatísticas de atendimento nos hospitais costuma ser menor no Carnaval se comparadas a outras datas, como Natal e Semana Santa.
> De acordo com o superintendente IJF, Messias Barbosa, e o secretário Alex Mont-Alverne, não há explicação científica para o fato.
> Ao todo, três equipes da Vigilância Sanitária estarão trabalhando nos locais de festas verificando alimentos e bebidas
> Serão 500 mil preservativos disponíveis para distribuição no Carnaval
> Vinte e duas ambulâncias constam na frota do Samu, além de quatro motos.
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