terça-feira, 27 de setembro de 2011

IJF atendeu 1.307 pacientes no fim de semana

A Prefeitura de Fortaleza, através do Instituto Dr. José Frota (IJF),realizou 1.307 atendimentos no último fim de semana – compreendido entresexta-feira, 23 de setembro, até esta segunda-feira, 26 de setembro. O hospitalatendeu 175 casos de violência no trânsito. Foram 72 vítimas de acidentes demoto, 45 de atropelamentos, 3 de capotamentos e 54 de colisões.

O IJF recebeu, ainda, 40 vítimas de agressões físicas, 8 de lesões porarma branca e 20 por arma de fogo. Também chegaram ao hospital 51 vítimas dequedas da própria altura, 34 de picadas de animais peçonhentos, 35 dequeimaduras, além de 13 pacientes envolvidos em acidentes na prática deesportes ou ambientes esportivos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Brasil gasta com saúde pública metade do que investem países como Alemanha e Canadá


País injeta 3,6% do PIB no setor, enquanto europeus e canadenses usam ao menos 6%

A criação do SUS (Sistema Único de Saúde), em 1988, e o crescimento econômico não foram suficientes para ampliar os recursos da saúde no Brasil ao longo dos anos, segundo os especialistas consultados pelo R7. Os atuais gastos com a saúde pública no país ficam muito abaixo do que é investido por nações que também oferecem saúde gratuita, como Reino Unido, Alemanha, Canadá e Espanha.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gastou 3,6% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma de todas as riquezas do país) com a saúde pública, em dados de 2008 – último balanço oficial contando Estados e municípios. O valor equivale a quase R$ 109 bilhões. De acordo com dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 56% do que é investido em saúde no Brasil vem de recursos públicos.
Já os países citados investem ao menos 6% de seu PIB no setor público de saúde. Com isso, 60% a 70% do que é gasto com saúde é responsabilidade dos governos, segundo relatório da Opas (Organização Pan Americana de Saúde).
Perfil de gastos mudou pouco em anos
Segundo Aquilas Mendes, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), isso mostra que o Brasil, mesmo tendo mudado seu perfil econômico, ainda está longe de ter o status de desenvolvimento no setor da saúde.
- O Brasil gasta muito pouco com saúde pública. Em 2010, gastou 4% do PIB, uns R$ 127 bilhões. Nós teríamos que chegar a gastar mais 2% [do PIB] para nos igualarmos a esses países. Pelo menos tínhamos que investir mais R$ 83 bilhões.
Somando o setor privado (planos de saúde e gastos particulares), o total dos gastos com saúde no Brasil chega a 8,4% do PIB. No entanto, isso representa metade do índice investido pelos Estados Unidos (16%) e ainda abaixo da média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – que aplicam 9% de suas riquezas na área (veja mais no infográfico abaixo).
Para Marcos Bosi Ferraz, professor do departamento de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e presidente da CPES (Centro Paulista de Economia da Saúde), o gasto brasileiro mostra uma defasagem de décadas, por não ter sido muito alterado ao longo dos anos.
- Quando a gente compara o que esses países investem com o que a gente investe aqui, nós temos uma defasagem de 30 anos, relativamente. E quando a gente compara por números absolutos, em PIB per capita, aí nem se compara. Talvez nós estejamos com uma defasagem de 50 anos, e queremos ter tudo o que eles têm na área da saúde.
A desigualdade fica ainda mais gritante quando indicadores de saúde são comparados entre esses países, segundo Ferraz.
- Quando a gente olha indicadores de saúde, como mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer e mortalidade materna, por exemplo, os nossos indicadores de saúde são parecidos aos indicadores que esses países tinham na década de 60. O que mostra um pouco o nosso desafio, a carga de problemas aqui ainda é muito grande. 
Por que faltam investimentos?
Para Lígia Bahia, diretora da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), os poucos recursos são resultados da falta de clareza no que deve ser investido no setor.
- É importantíssimo ter recursos para a saúde. A maioria dos países já considera isso há muito tempo. Por isso que, na maioria, mais de 70% do gasto é público, não privado. Na Inglaterra e na França é mais de 80%. No Brasil isso não está claro para os governantes. Como se a gente pudesse ser um país de primeiro mundo sem saúde.
Para a diretora da Abrasco, não é a falta de dinheiro em si que causa essa desvantagem, mas a dificuldade de elencar prioridades nos gastos.
- Não estamos falando de dinheiro, mas de saúde. Quais são os indicadores de saúde que a gente quer alcançar? A gente é a oitava economia do mundo e a 78ª em mortalidade infantil.
Mendes faz coro à falta de prioridade em investimentos e atribui essa realidade à falta de prioridade política. Segundo ele, enquanto os gastos do governo com os juros da dívida pública custaram R$ 185 bilhões, os do Ministério da Saúde foram de R$ 65 bilhões no último ano.
- Isso tem a ver com a lógica de política econômica adotada desde a implantação do SUS em 1988. Desde lá a política econômica não foi alterada e ela não prioriza gasto social. É uma política de alta taxa de juros, de superávit, que leva ao corte de políticas sociais. A prioridade é sobretudo buscar a redução da inflação e do pagamento de juros da dívida.

Fonte: r7.com

IJF atendeu 1.290 pacientes no fim de semana

 
A Prefeitura de Fortaleza, através do Instituto Dr. José Frota (IJF), realizou 1.290 atendimentos no último fim de semana – compreendido entre sexta-feira, 16 de setembro, até esta segunda-feira, 19 de setembro. O hospital atendeu 215 casos de violência no trânsito. Foram 3 vítimas de abalroamento, 108 de acidentes de moto, 38 de atropelamentos, 2 de capotamentos e 64 de colisões.

O IJF recebeu, ainda, 44 vítimas de agressões físicas, 14 de lesões por arma branca e 16 por arma de fogo. Também chegaram ao hospital 53 vítimas de quedas da própria altura, 28 de picadas de animais peçonhentos, 24 de queimaduras, além de 9 pacientes envolvidos em acidentes na prática de esportes ou ambientes esportivos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PARECER CREMEC nº 10/2011

INFORMATIVO CREMEC
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ
R. Floriano Peixoto, 2021 - José Bonifácio
Fone: 3230.3080 Fax: 3221.6929

PARECER CREMEC nº 10/2011
01/04/11
PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLO CREMEC nº 9425/2010
ASSUNTO: Atestado médico
RELATOR: DR. JOSÉ MÁLBIO OLIVEIRA ROLIM


EMENTA: O atestado médico deve ser fornecido de acordo com as normas reguladoras do Capítulo X - Documentos Médicos - do Código de Ética Médica e da Resolução CFM n.º 1.658/2002, que normatiza a emissão de atestados médicos e dá outras providências.
DA CONSULTA
Foi protocolizada, por um colega médico, neste Conselho de Medicina, em 10/12/10, sob o n.º 9425/10, solicitação de esclarecimentos sobre atestado médico, pois frequentemente é abordado por pacientes à procura de atestado médico, por eventos ocorridos em dias anteriores, ocasião em que foram atendidos por outro colega. Por vezes, as enfermidades são identificáveis e é possível postular o que realmente ocorreu como o relatado. Formula as seguintes perguntas:
1º- Caso identifique a veracidade do relato, é possível redigir o texto de forma a deixar claro que o evento foi passado e que deixou incapacidade, mesmo que o paciente não tenha sido atendido por mim no início? Exemplo: "Atesto que o Sr. Fulano de Tal sofreu acidente dia xx/xx/xx (passado), que o afastou das atividades por y dias a contar da data do ocorrido. (assinatura com local e data do meu atendimento)". Isso é válido?
2º- Caso o primeiro atendimento tenha sido meu, posso assinar com local e data do primeiro atendimento ou devo proceder como no exemplo acima?
3º- As prefeituras obrigam o funcionário a pedir que conste o CID-10 no atestado e costumam não pagar ao funcionário atestados menores que 10 a 15 dias, isto é constitucional? Há alguma exigência do Ministério do Trabalho a esse respeito?
4º- É necessário que se faça um registro do atestado dado, além do próprio?
DO PARECER
O atestado médico é um documento que resume de forma objetiva o ato médico praticado e uma realidade conferida. É investido de fé pública de ofício e tem efeito probatório para que o paciente possa utilizá-lo para confirmar a veracidade de sua condição de saúde ou de doença.
O atestado médico é de grande importância para a sociedade e faz parte das prerrogativas legais concedidas ao profissional médico. Está disciplinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) através dos artigos citados no capítulo X do atual Código de Ética Médica e Resolução CFM 1.658/2002.
Com relação à pergunta n.º 01
Resp.: O atestado médico deve ser a expressão da verdade sobre o que foi realizado com o paciente. Emitir atestado com data anterior ao dia do atendimento contraria as normas do Código de Ética Médica. No entanto, o médico pode atestar o estado mórbido atual do paciente, mesmo que o fato tenha ocorrido há vários dias, bastando que as afirmações sejam consubstanciadas por evidências médicas ao exame clínico e, sobretudo, contidas no prontuário médico ou ficha clínica. A data do atestado corresponde à data do dia em que ocorreu o atendimento.
Com relação à pergunta n.º 02
Resp.: Deve constar no atestado a data do dia em que o mesmo está sendo emitido.
Com relação à pergunta n.º 03
Resp.: A Resolução CFM nº 1.658/2002, em seu artigo 5º, estabelece: "Os médicos somente podem fornecer atestados com diagnóstico codificado ou não quando por justa causa, exercício de dever legal, solicitação do próprio paciente ou de seu representante legal.
Parágrafo único. No caso da solicitação de diagnóstico, codificado ou não, ser feita pelo próprio paciente ou seu representante legal, esta concordância deverá estar expressa no atestado."
Portanto, o médico não está obrigado a colocar o diagnóstico ou CID-10 no atestado médico, salvo pelas razões supracitadas.
A Lei n.º 8.213/91, que Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, em seu artigo 60, estabelece:
"§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
§ 4º - A empresa que dispuser do serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias."
Com relação à pergunta n.º 04
Resp.: de acordo com a Resolução CFM 1.658/2002, em seu art. 2º: "Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha clínica e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça." Convém lembrar que tal requisição de informações sobre o atendimento prestado e o eventual atestado emitido também pode ser feita pelo Conselho Regional de Medicina da jurisdição onde o médico exerce a profissão.
Da mesma forma, é aconselhável constar, no prontuário ou ficha clínica, a emissão do atestado e os dias de afastamento laboral concedidos ao paciente.
É o parecer, s.m.j
Fortaleza, 1 de abril de 2011
Dr. José Málbio Oliveira Rolim – CREMEC 2004
Conselheiro – CREMEC

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Maioria dos pacientes do IJF vem do Interior

 

A maioria dos pacientes encaminhados ao Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, vem do Interior. O hospital é a maior unidade de urgência e emergência do Ceará, mantido com verbas da Prefeitura de Fortaleza, mas a falta de estrutura da Saúde nos outros municípios cearenses causa a superlotação e a elevação de custos.
A equação entre receita e custeio não é positiva no IJF, na comparação entre a arrecadação municipal e o valor mensal para bancar o hospital. De acordo com o superintendente do IJF, Casemiro Dutra, a mensalmente o hospital custa cerca de R$ 17,7 milhões - valor que chegaria por ano em torno de R$ 212,4 milhões. O valor é superior à arrecadação da Prefeitura de Fortaleza com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Ano passao o IPTU rendeu 159,7 milhões ao tesouro municipal.
Inclusive Casemiro ressaltou que se a Copa já estivesse acontecendo, o IJF não teria condições atender a demanda.
53% x 47%
Casemiro afirma que 53% dos pacientes são oriundos do Interior e 47% da Capital. Atualmente ao ano são atendidos 150 mil pacientes e 12.500 no mês. Com essa sobrecarga o Frotão não consegue se programar para oferecer atendimento de forma mais ágil, segundo o superintendente do IJF.
Casemiro, por sua vez, afirma que com a inauguração do Hospital Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, e o projeto de construção de um Hospital Regional na Grande Fortaleza podem desafogar os corredores do Frotão. Também está sendo construído um Hospital Regional na Zona Norte, em Sobral. Antes da inauguração do Hospital Regional do Cariri, porém, o Governo do Estado não tinha nenhum hospital no Interior.
O gestor do IJF aponta ainda a falta de investimento na saúde dos prefeitos da cidades do Interior como o principal motivo para a atual situação do hospital. "Para os prefeitos dessas cidades é mais barato comprar três ambulâncias a ter que investir na construção de um hospital", desabafa Casemiro. Outros pontos que elevam a superlotação nos corredores do Frotão é a falta de rigor sobre trânsito em municiípios cujas prefeituras não criaram, ainda, órgãos de fiscalização.

Outro fator que preocupa a direção do Frotão é que nem todos os pacientes que são atendidos têm o perfil do hospital - especializado em casos politraumatismo e queimados. "O nosso hospital era para atender somente paciente de alta complexidade, mas 80% dos pacientes que atendemos são de média complexidade - estes deveriam ser encaminhados para os Frotinhas", completa.

IJF recebeu 1.921 pessoas atropeladas

 


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Saúde pública: diretor executivo da unidade ressalta a convivência social distorcida que começa quando o pedestre desrespeita a sinalização e passa pela imprudência dos condutores
BRUNO GOMES

Segundo o IJF, 60% das vítimas de atropelamento que chegam à unidade têm entre 15 e 40 anos
Das estradas aos hospitais. A unidade de saúde referência em traumatologia no Ceará, Instituto Dr. José Frota (IJF) é a que mais recebe vítimas de atropelamentos na Capital. Segundo dados da assessoria de imprensa do hospital, de janeiro a agosto deste ano, a unidade já registrou a entrada de 1.921 pessoas atropeladas.

No mesmo período do ano passado os números foram semelhantes, segundo o IJF, 1.985 pacientes que passaram pelo hospital tinham sido atropelados. Apesar do dado não ter crescido, mostra que a demanda permanece, causando superlotação na unidade.

Conforme o diretor executivo do IJF, Casemiro Dutra, os atropelamentos são uma das principais demandas no hospital. Ainda segundo ele, o que mais impressiona é que 60% das vítimas são pessoas jovens com idade entre 15 e 40 anos e grande parte já chega quase sem vida na unidade. "Considero isso muito grave para a sociedade, pois esses jovens fazem parte de um setor economicamente ativo da cidade, além de ser muito triste ver pessoas tão jovens morrendo por causa da violência no trânsito", diz.

Muitos dos atropelamentos envolvem motocicletas, o que segundo Dutra é ainda pior, pois além de o pedestre os próprios condutores acabam vitimados. "A motocicleta é um veículo muito dinâmico. Imagina se o condutor estiver alcoolizado, sem capacete e sem habilitação, o conjunto desses fatores só pode resultar em tragédia", diz.

Casemiro Dutra destaca que o atropelamento é uma consequência de uma convivência social distorcida que começa quando o pedestre desrespeita a sinalização, passa pela imprudência dos condutores e termina na falta de respeito entre ambos. "Na verdade o que acontece é que não existe um respeito entre a hierarquia, pois o mais fraco (pedestre) deveria ter prioridade. O que prevalece é a lei do mais forte (veículos)".

O diretor do IJF conclui seu pensamento dizendo que o trânsito não só do Ceará, mas de diversos estados do Brasil vive em uma constante e crescente violência. Entretanto, a população, apesar de não gostar, acabou se acostumando com o fato, o que torna a situação ainda mais grave e difícil de ser enfrentada. "Se a população não têm consciência do que acabou se tornando o trânsito, não vai exigir políticas públicas para reverter essa realidade", diz.

Para o coronel Túlio Studart, comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) esse aumento no número de atropelamentos se deve também a falta de investimento na política de trânsito dos municípios.

Há uma determinação do Código Nacional de Trânsito, para que cada município se responsabilize pelo tráfego de veículos em suas vias, no entanto, a lei de trânsito não é seguida.

Fiscalização
Para se ter uma ideia, segundo Studart, dos 184 municípios cearenses, apenas 49 deles têm o trânsito municipalizado. A consequência disso, conforme ele, é uma grande quantidade de veículos é apreendido no interior do Estado por estarem sendo conduzidos por pessoas que não possuem habilitação.

"Faltam preparo, educação, cumprimento da lei nos municípios do nosso Estado. Se a lei fosse cumprida, a fiscalização certamente seria bem mais efetiva, e em consequência disso, haveria menos acidentes nas rodovias estaduais e federais. Para reverter isso, é fundamental investir em políticas publicas", opina Studart.

SAIBA MAIS
Desobediência na sinalização é considerado imprudência, bem como dirigir como sono ou sob efeito de drogas

Problemas no veículo o condutor deverá colocar o triângulo a uma distância adequada de forma que os demais condutores sejam prevenidos

Farol alto em sentido contrário é responsável por grande número de acidentes

Estar atento significa olhar e analisar o trânsito observando os perigos que poder surgir

Eliminar o álcool do organismo precisa de muito tempo, pois a eliminação se dá após 6 a 8 horas.

Em acidente que envolve vítimas: é preciso sinalizar o local

Retirar os veículos do local para socorrer a vítima

Acionar a polícia se o motoristas estiver alcoolizado, drogado, sem habilitação e se for menor de idade

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

CE é o 1º do Nordeste em transplantes de rim


Clique para AmpliarCarlos Malheiros e seus funcionários, há nove anos, vestem a camisa da Campanha Doe de Coração
WALESKA SANTIAGO
No Brasil, o Estado ocupa a 4ª colocação, perdendo para Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo
Quando o assunto é transplante de órgãos, logo imagina-se uma fila de espera por um doador falecido. Entretanto, esse ato de solidariedade vai muito mais além, pois uma pessoa saudável também pode ser doadora e proporcionar uma nova vida para aqueles que esperam.

Essa ato de amor foi o que salvou o empresário Carlos Malheiros. Portador de uma doença hereditária chamada rins policísticos, ele passou dois anos à procura de um doador. A cada dia de espera a ansiedade e o medo eram sentimentos que aumentavam na vida do empresário, pois ele já havia perdido o pai e o único irmão devido à mesma doença renal.

Diante da situação, Carlos Malheiros conta que a família e os amigos se mobilizaram para encontrar um doador vivo compatível. Foi então, que 16 funcionários da sua empresa se disponibilizaram a fazer o teste de compatibilidade, e a funcionária Maria de Fátima do Amor Divido doou seu rim para o empresário. O transplante aconteceu em 1999 e em 2002 Malheiros se engajou na campanha Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz. "Hoje me sinto com 12 anos de idade, pois a partir desse ato de amor adquiri uma nova vida. A doação é um dos atos mais nobres de solidariedade", destaca.

Diante das campanhas de doação de órgãos, o transplante de rim vem se destacando no Ceará. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado se encontra em 1º lugar no Nordeste, tanto em dados absolutos, quanto por milhão de habitantes. Foram 131 procedimentos realizados nos seis primeiros meses do ano, sendo 110 de doadores falecidos e 21 de doadores vivos.

No Brasil, o Ceará se encontra no 4ª lugar, perdendo apenas para o Paraná com 170 transplantes, Rio Grande do Sul e Minas Gerais ambos com 228 procedimentos, e São Paulo com 1.012. E os números continuam crescendo. Segundo dados da Central de Transplantes, até a último segunda-feira, dia cinco de setembro, já tinham sido realizados 170 transplantes de rim no Ceará. Se compararmos com a pesquisa da ABTO, finalizada em junho deste ano, foram realizados 39 procedimentos em dois meses.

Vale destacar que o Estado ocupa o primeiro lugar do Brasil em transplantes de fígado a cada milhão de habitantes, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da ABTO.

Processo
Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa, para que seja realizado o transplante com o doador vivo, a lei Brasileira permite com mais facilidade se o ato for feito por parentes de até quarto grau ou o cônjuge.

Ainda segundo ela, para que o processo ocorra entre aqueles que não têm vínculo familiar, é necessário cumprir um sério protocolo, que começa com os exames de compatibilidade sanguínea, passa por uma autorização judicial e termina com entrevistas realizadas por um comitê de ética formado por médicos. "É um processo importante para salvar vidas, mas ao mesmo tempo bastante delicado, pois temos que tomar cuidado para evitar que haja tráfico de órgãos", diz.

Conforme Eliana Barbosa, em alguns países, já existe um cadastro de "doador samaritano", ou seja, voluntários que estão aptos a qualquer momento fazer doações. Contudo, segundo ela, essa discussão ainda não se iniciou no Brasil, salvo em doação de tecidos como é o caso da medula óssea. Ela explica, que os órgãos que podem ser doados em vida são: rim, em primeiro lugar, parte do fígado e até pulmão. Por outro lado, alerta que a doação de uma pessoa falecida é bem mais recomendada pelos médicos. "As complicações do doador vivo são pequenas, mas existem.

KARLA CAMILAESPECIAL PARA CIDADE

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Metade das famílias recusa doação

Relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) aponta o Ceará no primeiro lugar de transplante de fígado do PaísNúmero de transplantes no Ceará tem aumentado. Na foto, cirurgiões realizam cirurgia experimental num porco  (MAURI MELO) Número de transplantes no Ceará tem aumentado. Na foto, cirurgiões realizam cirurgia experimental num porco (MAURI MELO)
No Brasil, 52% das 1.736 famílias abordadas no primeiro semestre deste ano foram contrárias à doação de órgãos dos parentes potenciais doadores. A informação foi retirada do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), relatório elaborado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

A negativa familiar leva em consideração as entrevistas feitas com as famílias. No Ceará, nesse período, houve 187 potenciais doadores. Desses, 71 doações foram efetivadas. Houve 50 negativas familiares, mas o relatório não aponta quantas famílias foram abordadas.

O destaque dado ao Ceará foi o primeiro lugar do Brasil em transplantes de fígado por cada milhão de habitantes. Entre os meses de janeiro e junho deste ano, foram realizados no Estado 77 transplantes de fígado; ou seja, 20 a mais que no mesmo período de 2010.

Assim, o Estado passou de 13,2 transplantes por milhão da população em todo o ano passado para 18,2 transplantes no primeiro semestre deste ano. Até ontem, o Estado realizou 767 transplantes de órgãos e tecidos.

O mês em que mais houve cirurgias do tipo foi março, com 124, seguido de agosto (com 116) e abril (109). Os dados são da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Foram 173 transplantes de rim, 451 de córneas, 15 de coração, 106 de fígado e 10 de medula óssea, dentre outros.

Meta é mil transplantes

De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa, a expectativa é de que o número total de transplantes ultrapasse logo a quantidade do ano passado, antes mesmo do fim deste ano.

Segundo ela, a meta é chegar aos mil transplantes. O crescimento contínuo em cirurgias de transplante se deve a vários fatores, segundo a coordenadora da Central. “A descentralização da captação, o investimento do Estado, com mais hospitais envolvidos e a sensibilização das pessoas, além de termos uma sociedade, de uma maneira geral, mais esclarecida e solidária”, lista Eliana.

Ela cita também que os meios de comunicação têm papel fundamental nesse processo, ao ajudar no repasse de informações à sociedade. Quanto às causas apontadas para a não-efetivação da doação, são enumeradas a contraindicação médica (como a demora no diagnóstico e a manutenção inadequada) e a negativa familiar, em recusar a doação do órgão que pertence ao familiar tido como potencial doador.


ENTENDA A NOTÍCIA
O número de transplantes realizados no Ceará, em média, tem aumentado. Em 2006, foram 446. No ano de 2007, 618. Em 2008, foram 739. No ano seguinte, houve 767. Em 2010, mais um crescimento, com 872 operações.

SERVIÇO
O telefone da Central de Transplantes é: (85) 3101 5255.

A página da Secretaria da Saúde do Estado
na Internet é: www.saude.ce.gov.br.

SAIBA MAIS

De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, da ABTO, a taxa de negativa familiar (de 52%) foi analisada nos estados que enviaram o número de entrevistas. O número era esperado pelas estimativas.

Dos 187 potenciais doadores do Ceará, no primeiro semestre deste ano, houve 50 negativas da família. Mas o número de entrevistas feitas não foi informado pelo Estado.

Segundo Eliana Barbosa, coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, o número de entrevistas realizadas “é um dado novo”. Por isso, ainda está sendo coletado pelo Estado. Ela estima que a negativa familiar seja responsável por 24% da não-efetivação da doação. Só perde para a contraindicação médica.

Daniela Nogueira
danielanogueira@opovo.com.br

Projeto propõe reduzir carência de médicos



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Governo federal vai incentivar os recém-formados a trabalharem nos PSFs nos municípios onde a carência desses profissionais é maior e potencializa o caos na saúde
JOÃO LUÍS (12/07/2007)
Entidades denunciam inexistência de concurso público, baixos salários, falta de políticas públicas sérias e comprometidas
Não é nenhum segredo que a precariedade no sistema de saúde, principalmente nos municípios do interior, afasta médicos do Programa de Saúde da Família (PSF). No Ceará, a contratação e fixação desses profissionais é um dos grandes desafios das Prefeituras municipais.

Agora, uma estratégia do governo federal tentará minimizar o déficit. O objetivo é incentivar médicos recém-formados a trabalhem nos PSFs nos municípios onde a carência desses profissionais é maior e potencializa o caos na saúde pública do País.

O programa, anunciado pelos ministérios da Saúde e da Educação, oferece bônus para os médicos residentes que forem atuar em Unidades Básicas de Saúde.

Para isso, irá abrir mais 2 mil vagas para residentes, bonificação nas notas de provas e redução da dívida do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

Os municípios serão definidos até o fim do ano e listados em edital específico. Os profissionais de saúde deverão atuar nas regiões estabelecidas pelo período de um a dois anos para ganhar a pontuação. O Conselho Nacional de Residência Médica divulgará nos próximos dias, por meio de resolução, os índices de pontuação. Quem atuar durante um ano terá 10% de pontuação adicional na nota final. Já aqueles que participarem do programa durante dois anos receberão 20%.

A estratégia de ampliar a oferta das especializações médicas é bem avaliada pelas entidades médicas do Estado, que afirmam, no entanto, que isso não resolverá o grave problema da falta de profissionais nos municípios cearenses. Para eles, não existe falta de médicos - por ano, 670 pessoas concluem o curso no Estado - mas, sim, de melhores condições de trabalho, salários pagos, concurso público e políticas públicas sérias e comprometidas com a saúde.

Falta estrutura
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Ponte, as áreas de maior carência não só no interior, mas até em Fortaleza, são Pediatria, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Otorrino, Neurologia, Endocrinologia e Medicina Social e Preventiva. "Não adianta oferecer altos salários, como a gente ver nos anúncios para prefeituras, se eles não são pagos e se os médicos, quando chegam lá, não têm estrutura física, material e equipamentos para trabalhar devidamente", frisa Ponte.

Além disso, ele afirma que a maioria dos profissionais não tem vínculo trabalhista, e nem estabilidade no emprego. "Querem que o médico trabalhe sem nenhum compromisso formal, na maioria dos municípios de médio e pequeno porte o contrato é verbal, não tem nada assinado e, por isso, sem garantias trabalhistas nenhuma", critica.

Nesse cenário, aponta ele, os jovens médicos não querem nem saber e não vão encarar um "quase trabalho escravo" por dinheiro nenhum. "Somos humanos, temos nossa saúde a zelar e nossa família e os meninos não vão deixar a faculdade e se meter numa dessas", afirma.

Essa é a mesma opinião do presidente da Comissão Estadual de Residência Médica, Salustiano Gomes Pinho. De acordo com ele, o déficit começa com o número de vagas para residentes no Estado. Dos 670 médicos recém-formados, apenas 470 fazem especialização. "Precisamos de 200 vagas a mais por ano para oferecer aos novos profissionais que chegam ao mercado", aponta.

Instituída pelo Decreto nº 80.281, de 5 de setembro de 1977, a residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização. Funciona em instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos, sendo considerada o "padrão ouro" da especialização médica. O mesmo decreto criou a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

SAIBA MAIS
Especialização
Instituída pelo Decreto nº 80.281, de 5 de setembro de 1977, a residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização. Funciona em instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos, sendo considerada o "padrão ouro" da especialização médica. O mesmo decreto criou a Comissão Nacional de Residência Médica.

O Programa de Residência Médica, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. A expressão "residência médica" só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão.

Os profissionais de saúde deverão atuar nas regiões ainda a serem estabelecidas pelo período de um a dois anos para ganhar a pontuação.

Incentivo
2 Mil vagas no Brasil serão oferecidas para médicos residentes que forem atuar nas Unidades Básicas de Saúde. Eles terão bonificação nas notas

LÊDA GONÇALVESREPÓRTER

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

IJF atendeu 1.245 pacientes no fim de semana

A Prefeitura de Fortaleza, através do Instituto Dr. José Frota (IJF), realizou 1.245 atendimentos no último fim de semana – compreendido entre sexta-feira, 02 de setembro, até esta segunda-feira, 05 de setembro. O hospital atendeu 192 casos de violência no trânsito. Foram 102 vítimas de acidentes de moto, 22 de atropelamentos, 7 de capotamentos, 59 de colisões e 2 quedas de carro em movimento.
O IJF recebeu, ainda, 23 vítimas de agressões físicas, 18 de lesões por arma branca e 17 por arma de fogo. Também chegaram ao hospital 65 vítimas de quedas da própria altura, 26 de picadas de animais peçonhentos, 39 de queimaduras, além de 12 pacientes envolvidos em acidentes na prática de esportes ou ambientes esportivos

Ceará é primeiro do Brasil em transplantes de fígado

Ceará é primeiro do Brasil em transplantes de fígado


O estado avançaou duas posições no primeiro semestre deste ano


O Ceará é o primeiro lugar do Brasil em transplantes de fígado por cada milhão de habitantes, tendo avançado duas posições no primeiro semestre deste ano. As informações são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).


Entre janeiro e junho de 2011, foram realizados no Estado 77 transplantes de fígado, 20 a mais que no mesmo período de 2010. Com esse número, o Ceará passou de 13,2 transplantes por milhão da população em todo o ano passado para 18,2 transplantes no primeiro semestre deste ano. São Paulo e Minas Gerais, primeiros colocados em transplantes de fígado em 2010, apresentaram índices de 16,5 e 16,0 transplantes no primeiro semestre deste ano.

Segundo lugar em transplantes de coração
Nos transplantes de coração por milhão da população o Ceará também avançou uma posição e assumiu a segunda colocação no país. No primeiro semestre deste ano, o Ceará realizou 11 transplantes de coração, 2,6 por milhão da população.

São Paulo, com 40 transplantes, primeiro lugar em números absolutos, fica em quarto lugar proporcional, com 1,9 transplantes. O Distrito Federal, que realizou cinco transplantes de coração, está na primeira colocação em termos proporcionais, com 2,9 transplantes. O Ceará está em quarto lugar do Brasil em transplantes de rim e pâncreas.


Transplantes totais
Na contagem de todos os procedimentos, o Ceará realizou 90 transplantes a mais no primeiro semestre de 2011 que no mesmo período do ano passado. O número de transplantes no período passou de 466 para 556. Os transplantes de córnea aumentaram 28,9%, passando de 252 para 325.

Transplantes de rim passaram de 120 para 129, aumento de 7,5%, de coração de 10 para 11 (10%) e pâncreas de 3 para 5 (66,6). O aumento do número de transplantes de fígado, de 57 para 77, foi de 35%. Em todo o ano passado, o Ceará realizou o recorde de 872 transplantes. Foram 16 transplantes de coração, 113 de fígado 460 de córnea, 232 de rim, 14 de medula óssea, 10 de valvas cardíacas e 6 de pâncreas.

Balanço do ano
Em números atualizados, este ano, até esta segunda-feira, 5 de setembro, pela Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, o Ceará realizou 767 transplantes. Foram 173 transplantes de rim, 451 de córneas, 15 de coração, 106 de fígado, 10 de medula óssea, entre outros.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 5, pelo Governo do Estado do Ceará.

Redação O POVO Online

Médicos da Paraíba usam furadeira para realizar cirurgias

Uma furadeira de construção civil está sendo usada por médicos do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, o maior da Paraíba.
A denúncia foi feita na manhã desta segunda-feira, 5, pela Associação Médica da Paraíba. Segundo a entidade, o equipamento utilizado para fazer perfurações no crânio, craniótomo, está quebrado há mais de um ano.

A associação ainda afirmou que o uso do equipamento impróprio aumenta consideravelmente o risco de morte, além de ser 50 minutos mais demorado que o craniótomo.

Redação O POVO Online com informações do UOL