quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dilma anuncia plano para aumentar número de médicos


Ao ministrar uma aula inaugural do curso de medicina do Campus de Garanhuns da Universidade de Pernambuco (UPE), a presidente Dilma Rousseff anunciou que em outubro lançará o "Plano Nacional de Educação Médica". Segundo a presidente, o objetivo é aumentar em 4,5 mil o número de médicos formados por ano no Brasil. Ela destacou, ainda, que é objetivo do governo interiorizar os cursos de medicina e conceder incentivos a quem fizer residência em áreas médicas nas quais houver carência dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
"Não vamos medir esforços para assegurar qualidade na graduação e na residência médica", declarou a presidente, acrescentando que existe "um grave problema que nos aflige, que é a insuficiência de médicos". Ela citou que 28% da população brasileira está no Nordeste e que apenas 17% dos médicos são formados nessa região. Dilma reconhece que há falta de médicos em todo o Brasil, mas alertou que a carência é mais aguda no interior do País, com foco nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Durante todo o evento, inclusive durante os 30 minutos da fala da presidente, um grupo com cerca de 50 manifestantes - formado por servidores em greve da Universidade Federal Rural de Pernambuco - promoveram em local ao lado uma sequência de barulhos, com apitos, gritos e buzinas, atrapalhando a cerimônia da presidente.
Dilma lembrou que durante a campanha havia o compromisso de melhorar a qualidade do serviço público de educação, saúde e segurança. "Vou buscar formas de melhorar isso", disse a presidente. Ao se dirigir diretamente aos alunos, Dilma disse que "se atrevia a fazer um convite aos estudante para que eles criem laços com a região, façam amigos, namorem, casem e ajudem a transformar essa região em um polo de excelência. Isso depende de vocês e de nós. O interior do Brasil precisa de mais médicos e de bons médicos".
A presidente acrescentou que o governo federal está decidido a mudar a distribuição de profissionais de medicina no País e a oferecer estímulos para que eles fiquem no interior. "Vamos investir pesadamente no SUS e nas residências que podem beneficiar áreas carentes do SUS, oferecendo acesso a maior pontuação, por exemplo, em residência quando o aluno se interessar por um curso onde há carência. Vocês não ficarão sem trabalho", ressaltou Dilma.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

IJF atendeu 1.233 pacientes no fim de semana


A Prefeitura de Fortaleza, através do Instituto Dr. José Frota (IJF), realizou 1.233 atendimentos no último fim de semana – compreendido entre sexta-feira, 26 de agosto, até esta segunda-feira, 29 de agosto. O hospital atendeu 165 casos de violência no trânsito. Foram 2 vítimas de abalroamentos, 87 de acidentes de moto, 31 de atropelamentos, 8 de capotamentos, 35 de colisões e 2 quedas de carro em movimento.
O IJF recebeu, ainda, 41 vítimas de agressões físicas, 11 de lesões por arma branca e 19 por arma de fogo. Também chegaram ao hospital 64 vítimas de quedas da própria altura, 19 de picadas de animais peçonhentos, 32 de queimaduras, além de 6 pacientes envolvidos em acidentes na prática de esportes ou ambientes esportivos.

26 médicos pedem desligamento do Samu

O estopim foi mudança de procedimento adotada com a mudança de secretário
30.08.2011| 01:30



Crise entre profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Prefeitura ameaça desfalcar Fortaleza de 26 médicos que atuam no socorro imediato na rede pública de saúde. O número corresponde à maioria da equipe fixa do Samu. Eles trabalham em regime de credenciamento e, desse modo, recebem por serviço prestado. Entretanto, no caso dos 26, eles cumprem escala semanal determinada, com carga horária a obedecer. Todos eles pediram o descredenciamento na sexta-feira passada. O estopim foi mudança de procedimento adotada com a saída do ex-secretário da Saúde, Alex Mont’Alverne, e a entrada de Ana Maria Fontenele. Havia acordo anterior para o pagamento de incentivo financeiro àqueles que cumprissem carga horária fixa de pelo menos 18 horas semanais, fossem pontuais e não faltassem a plantões. A intenção era estimular os médicos a assumirem escalas permanentes no Samu. O valor representava até 25% da remuneração. Com a chegada de Ana Maria ao cargo, esse ganho extra foi retirado. Mas os profissionais só tomaram conhecimento depois de trabalharem quase três meses. Na última sexta-feira, eles perceberam o corte, ao receber o pagamento referente ao mês de junho. Aquele foi o primeiro mês depois da nomeação de Ana Maria, secretária desde maio.

No mesmo dia, todos os profissionais credenciados que cumprem carga horária fixa no Samu pediram desligamento. A intenção inicial era se afastar já a partir desta quinta-feira, 1º de setembro. Mas eles foram orientados pela assessoria jurídica do Sindicato dos Médicos a cumprir aviso prévio de 30 dias. Se não houver acordo até lá, ficarão apenas aqueles que integram o quadro de servidores do Município. Os médicos nessa situação representam aproximadamente um terço dos profissionais do Samu. E a substituição no prazo de um mês, com o treinamento necessário, é quase impossível. Sem entendimento, há risco de paralisação considerável nos atendimentos públicos de urgência em Fortaleza.

REDUÇÃO DO PAGAMENTO FOI SÓ O ESTOPIM
Os médicos dizem que a redução da remuneração, sem aviso prévio, foi só o estopim para a decisão de se desligar do Samu. Segundo eles, a insatisfação com as condições de trabalho já era enorme. Pelo regime de trabalho, eles não possuem direitos trabalhistas essenciais, como férias e décimo terceiro salário. Também não desfrutam de licença remunerada em caso de doença. Sem falar dos atrasos de pagamentos – vide o fato de só na sexta-feira passada eles terem recebido o salário de junho. Os profissionais reclamam, também, da falta de condições para prestar atendimento adequado. Situação agravada por se tratar de profissão de risco, na qual os médicos percorrem as ruas em veículos em alta velocidade e com necessidade de entrar em áreas perigosas para socorrer os pacientes. Os 26 profissionais que pediram para deixar o Samu respondem por 18 escalas de intervenção – isso é, atuam na ponta do serviço e vão para a rua para atender os chamados. Cumprem ainda 16 escalas de regulação – ou seja, ficam na coordenação, decidindo quais equipes e com que recursos enviar para cada ocorrência. Cada escala representa 18 horas semanais de trabalho. Vários médicos respondem por duas e, em alguns casos, até três escalas. Com o desfalque do pessoal credenciado, ficariam apenas dois dos 18 médicos que atuam na regulação. No caso do pessoal de intervenção, com a saída dos 18 credenciados, ficariam cinco servidores efetivos.

MÉDICOS COBRARÃO O QUE DEIXARAM DE RECEBER
Em reunião ontem com a assessoria do Sindicato dos Médicos, saiu a sinalização de que os médicos deverão entrar com reclamação trabalhista. Eles pedirão reconhecimento do vínculo profissional com a Prefeitura e, com isso, os pagamentos retroativos de todos os direitos que deixaram de ser pagos. Na tarde de ontem, houve início de negociações. A coordenação do Samu sinalizou que poderá reconsiderar o corte do pagamento extra e admitiu estudar a possibilidade de se estabelecer vínculo trabalhista com os profissionais. Mas, enquanto não há sinalização mais concreta, os médicos mantêm o pedido de desligamento do Samu. Ao longo do dia de ontem, a coluna tentou contado com a Secretaria da Saúde. A assessoria informou que aguardaria os desdobramentos das reuniões para se posicionar, o que não ocorreu até o fechamento da coluna.

Érico Firmo
ericofirmo@opovo.com.br

De que se morre no Ceará

O AVC e o câncer são os grandes responsáveis por óbitos de cearenses. Desde 2009, o Estado possui uma Unidade de referência no tratamento do AVC, mas ele ainda não dá conta da demanda
29.08.2011| 01:30Manoel Martins, 83, ao lado da esposa Luzia , está internado no Hospital Geral de Fortaleza com AVC (MAURI MELO

) Manoel Martins, 83, ao lado da esposa Luzia , está internado no Hospital Geral de Fortaleza com AVC (MAURI MELO )
O médico diagnosticara pressão alta. Ainda assim, o pedreiro aposentado nem se importou com a espreita constante da doença diante dos seus deslizes nos cuidados com a saúde. Já com 82 anos, os encontros com amigos, regados a cerveja, salgadinhos e espetinhos eram denunciados pela esposa quando nas visitas inconstantes ao médico, que o repreendia, à toa.

Na tarde do último dia 20, vieram os sinais de alerta. “Senti uma dormência danada nas pernas, depois uma fraqueza, a visão ficou turva”. Manoel Martins foi, então, levado ao hospital pela esposa Luzia Martins, 51. O diagnóstico por pouco não o inseriu na estatística mais funesta da saúde do Estado. Seu Manoel havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), a enfermidade que mais mata no Ceará.

A doença ainda mantém seu Manoel internado no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), com um quadro considerado estável pela equipe médica.

O ranking dos grandes males que mais acometem os cearenses foi divulgado neste ano, pelo relatório Situação de Saúde do Ceará, emitido pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Trata-se do mais recente mapeamento acerca da mortalidade e da morbidade da população, realizado no período de 2006 a 2009.

As mortes decorrentes das doenças do aparelho circulatório, como as cerebrovasculares, são seguidas pelos cânceres de diversos tipos e por causas externas, pondo em evidência os homicídios e os acidentes de trânsito.

As doenças do aparelho respiratório, como pneumonia e asma, são as campeãs de internações, à frente das patologias infecciosas e parasitárias, como dengue, leishmaniose e hepatite, e das enfermidades do aparelho circulatório, a exemplo do AVC e do infarto.

O médico João José Carvalho, diretor da Unidade de AVC, do HGF, lembra que a doença é a que mais mata também no Brasil. Ainda assim, o Ceará, a nível nacional, é privilegiado. “O Ceará é o único estado da federação que possui um Programa (Programa de Atenção Integral e Integrada ao AVC) específico”, diz.

O Programa, elaborado ao final de 2005 a partir de estudos realizados para melhor compreender a realidade do AVC no Estado, tornou-se política de governo em 2007. À época, já se registravam altos índices de morte. “O problema do AVC é antigo, por isso buscamos formas de melhor tratar esse problema”, ratifica o médico.

O programa traçava linhas mestras para nortear as investidas contra o AVC. Dentre algumas ações, como estudos epidemiológicos e notificações compulsórias de todos os casos nos hospitais, houve a criação da Unidade do AVC, no HGF, em atividade desde 2009. “Não existe no Brasil nada igual. Hoje, a gente sabe exatamente o que fazer contra o AVC. Nosso problema agora são os hospitais de apoio, que quase não existem”, declara.

Segundo ele, a ideia era que o HGF tratasse a fase aguda do AVC. Depois, o paciente seria encaminhado para reabilitação em outro local.

O médico revela que as mortes por AVC no Ceará ainda não regrediram, mas o Estado está bem melhor preparado hoje do que há cinco anos. A meta é, em um prazo de quatro anos, criar outras unidades semelhantes no Interior e fortalecer hospitais de apoio na Capital. “Tínhamos consciência de que o resultado viria a longo prazo. Em 2014, esperamos que nenhum cearense esteja há mais de 1 hora de um centro específico de atendimento de AVC”, planeja.

O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O AVC, o câncer e os homicídios se projetam como grandes vilões dos cearenses, de acordo com o relatório emitido neste ano pela Sesa. O POVO inicia hoje série sobre as maiores causas de morte e internações do Estado, abordando o que o estado tem feito para minimizar as estatísticas

SAIBA MAIS
Causas de morte

1ª – Doenças do aparelho circulatório (cerebrovasculares, isquêmicas do coração, hipertensivas)

2ª – Câncer (pulmão, estômago, próstata, mama feminina, colo do útero)

3ª - Causas externas (homicídios, acidentes de trânsito)

4ª – Doenças do aparelho respiratório (pneumonia, asma)

5ª – Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas – (diabetes, obesidade, desnutrição, tireóide)

Sobre o AVC
De cada 100 pacientes internados com AVC no Estado, 25% morrem.

Só em Fortaleza, são registrados 4 mil casos de AVC.

De 2009 para cá, o número de pacientes com AVC nas filas de espera por UTI diminuiu 25%.

A Unidade de AVC, do HGF, disponibiliza aos pacientes medicação trombolítica

que revertem o processo de AVC com até 3 horas do início do acidente. Ele ainda não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, a Unidade possui 20 leitos.

Cerca de 2700 pacientes por ano chegam à emergência do HGF. Desse total, metade fica na Unidade. A outra metade é diagnosticada e encaminhada para outro hospital.

Sobre o relatório“O relatório, realizado de 10 em 10 anos, avalia a tendência de mortes e internações da população. São indicadores que orientam como desenvolver políticas públicas nas áreas de saúde”, explica o coordenador da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde, Manoel Fonsêca, elaborador do relatório.

Teste simples para saber se alguém está tendo um AVC

1- Peça para o paciente sorrir. Observe a simetria do sorriso. A boca fica torta?

2- Peça para levantar os dois braços. Há dificuldades não comuns antes?

3 - Peça para ele repetir uma frase simples, como “Hoje faz sol em Fortaleza”. Ele sentiu dificuldades em articular bem as palavras?

4- Se uma das respostas às questões anteriores for sim, é melhor encaminhá-lo com urgência ao hospital.


Sara Rebeca Aguiar
sararebeca@opovo.com.br

sábado, 27 de agosto de 2011

Fortaleza recebe R$ 370 milhões para a saúde

 

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A Secretaria Municipal de Saúde afirma que está investindo no setor mais do que deveria para compensar falta de recursos; Sindicato dos Médicos reclama do dinheiro "minguado"
JOSÉ LEOMAR

Desta verba, 79% foram destinados para a alta complexidade e 0,18% para o Programa Saúde da Família
Na tentativa de melhorar a qualidade na saúde pública de Fortaleza, a Capital já recebeu R$ 369,26 milhões em recursos para serem investidos até o fim do ano, segundo dados do Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU). É a segunda área que mais recebeu verbas do Governo Federal. Desse montante, 79% é destinado para alta e média complexidade, restando apenas 21% para vários outros segmentos como o tratamento às doenças mentais, combate ao crack e assistência geral farmacêutica.

Para a ampliação e consolidação do Programa Saúde da Família (PSF) - área tida por especialistas como estratégica por se tratar de prevenção - o Ministério da Saúde (MS) dispôs apenas de 0,18%, cerca de R$ 687 mil. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Fortaleza (Samu 192) ganhou R$ 2,6 milhões, apenas 0,7% do total.

Na tentativa de equilibrar a balança e ressarcir o que estaria vindo do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma estar investindo mais do que legalmente deveria, cerca de 18% do seu recurso próprio só para a área da saúde. A Constituição Federal aponta que os municípios devem aplicar, no mínimo, 15% do produto da arrecadação dos impostos.

A precarização do Sistema Único de Saúde (SUS) e o dinheiro minguado não é uma novidade, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes. Ele destaca que a cada ano o valor vem reduzindo mais.

"Temos além da falta de verba, o problema da ausência de transparência pública, as poucas transferências e enfraquecimento dos convênios. Tudo só piora o sucateamento", diz. Para ele, o déficit não está presente apenas nas áreas mais especializadas em que faltam equipamentos, mas sim em materiais básicos para cirurgia como gases. "Fui fazer um procedimento ontem e tive que improvisar. Faltava luva e esparadrapo, imagina as coisas mais caras?", questionou José Maria Pontes.

O médico relatou também casos de cirurgiões que, atendendo em regime de convênio, estariam desde junho à espera de pagamento atrasado do SUS.

Recentemente o Diário do Nordeste denunciou o fechamento da Pediatria do "Frotinha" de Antônio Bezerra, e são constantes as reclamações de usuários sobre a ausência de médicos nos postos de saúde, a falta de medicamentos, a fila para operações e escassez de leitos.

Centralização
Ainda conforme o Portal da Transparência, maio foi o mês no qual a gestão municipal de Fortaleza recebeu mais investimentos, R$ 66, 522 milhões.

Na ponta do lápis, a conta fica assim: o total destinado ao Estado foi de R$ 7,2 milhões, sendo R$ 2,8 bilhões para o Governo Federal, R$ 4,4 bilhões para todos os municípios e R$ 1,001 bilhões para a Capital. Do montante total, Fortaleza centralizou 13%, ficando 87% para as outras 184 localidades.

Toda essa centralidade de recursos é criticado por profissionais da área. "Além de pouco, quase todo dinheiro vindo do Governo Federal fica na Capital. Acho um absurdo o peso orçamentário que o Instituto Doutor José Frota (IJF) é para Fortaleza", diz o presidente da Federação Nacional dos Médicos, secção Nordeste, Tarcísio Dantas. Na opinião dele, o "Frotão", por exemplo, suga todo um dinheiro que deveria ser dividido entre os outros municípios usuários do serviço.

Segundo o presidente da Federação Nacional dos Médicos, o pouco recurso do Ministério da Saúde não seria o único empecilho para acontecer melhorias no sistema. A não priorização em serviços essenciais seria outro impasse.

A Emenda Constitucional 29, aprovada em 2000, deveria legislar em que prioritariamente os governos devem gastar. Não seria em qualquer ação, só as diretamente relacionadas. "Sei de gestões que tentam pagar aposentados, realizar limpeza urbana e fazer saneamento com a verba da saúde. Não pode. Daí o montante gasto ser alto e os resultados não surgirem", critica Tarcísio Dantas.

Apesar disso, a Emenda Constitucional 29 ainda precisa de regulamentação que irá permitir que os recursos aplicados não sofram "desvio de finalidade", visto que a lei definirá o que poderá ser considerado como tal. Ou seja, será introduzido um componente qualitativo na análise do gasto na área.

Sobre os valores e quais as priorizações orçamentárias da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Fortaleza e a Secretaria de Finanças (Sefin) não se pronunciaram.

Investimentos
Alta e média Complexidade R$ 292.821.406,37
Apoio ao Samu R$ 2.674.000,00
Combate ao Crack R$ 838.073,65
Combate à Aids R$ 719.038,18
PSF R$ 687.077,39
Saúde Bucal 277.200,00

IVNA GIRÃOREPÓRTER

Médico formados pelo Fies poderá abater dívida com trabalho em municípios pobres

      

As especialidades escolhidas pelo Ministério da Saúde foram anestesiologia, cancerologia, cirurgia geral, clínica médica, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, medicina intensiva, medicina preventiva e social, neurocirurgia, patologia, pediatria e psiquiatria. (Divulgação) As especialidades escolhidas pelo Ministério da Saúde foram anestesiologia, cancerologia, cirurgia geral, clínica médica, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, medicina intensiva, medicina preventiva e social, neurocirurgia, patologia, pediatria e psiquiatria. (Divulgação)
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira, 26, a lista dos mais 2 mil municípios em que médicos que tiveram a faculdade custeada por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) poderão trabalhar para abater a dívida.

O governo federal selecionou cidades em que parte significativa da população é pobre, vive no campo e é beneficiária do Programa Bolsa Família. Nesses locais, há carência de profissionais de saúde.

Do total, 1.650 municípios ficam na Região Nordeste.

O médico que optar por trabalhar em um dos municípios terá direito de abater 1% da dívida do Fies, após um ano de serviço prestado. O profissional poderá quitar toda a dívida em aproximadamente oito anos, inclusive os juros.

As especialidades médicas escolhidas são: anestesiologia, cancerologia, cirurgia geral, clínica médica, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, medicina intensiva, medicina preventiva e social, neurocirurgia, patologia, pediatria e psiquiatria.

A lista com os nomes dos municípios foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

Agência Brasil

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CFM atualiza regras para divulgação de serviços prestados por profissionais e estabelecimentos


Qui, 18 de Agosto de 2011 16:43
publicidade_grande2 A Resolução, que sai no Diário Oficial da União do dia 19, detalha os critérios que devem ser observados na elaboração de anúncios e no relacionamento com a imprensa e a sociedade
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (19) apresenta em detalhes as restrições éticas que os médicos, estabelecimentos e instituições vinculadas às atividades médicas devem observar quando da elaboração de peças publicitárias relacionadas a seus serviços. O documento (nº 1.974/2011) acrescenta à norma anterior sobre o tema, publicada em 2003, informações sobre o alcance das disposições e orientações para sua aplicação. Entre os pontos, destacam-se a proibição de assistência médica a distância (por internet ou telefone, por exemplo), a vedação ao anúncio de determinados títulos e certificados e a extensão das regras a instituições, como sindicatos e sociedades médicas.
“A resolução foi detalhada para que haja uma compreensão mais fácil pelos profissionais e para que os conselhos de medicina disponham de critérios objetivos para orientar os médicos e coibir as infrações. Os anexos da resolução compõem um manual de uso. A norma valoriza o profissional, defende o decoro e oferece mais segurança para a população”, avalia o conselheiro Emmanuel Fortes, 3º vice-presidente do CFM e relator da nova resolução.
Com a publicação da resolução, que entra em vigor em 180 dias após essa data, fica claro, por exemplo, que as regras de publicidade são extensivas a documentos médicos como atestados, fichas, boletins, termos, receituários e solicitações, emitidos pelos sistemas público e privado de assistência. Entre outras exigências, estes documentos devem conter nome do profissional, especialidade e número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) local. Quando a assistência é oferecida por uma instituição devem ser informados o nome do diretor-técnico-médico e o respectivo número de registro no CRM local.
NOVIDADES - Além de detalhamentos, a nova resolução se diferencia da anterior por proibir expressamente ao médico a oferta de consultoria a pacientes e familiares em substituição à consulta médica presencial. Esta proibição se aplica, por exemplo, aos serviços de assessoria médica realizados pela internet ou por telefone. Outro avanço apresentado pela norma é a vedação expressa a que o profissional anuncie possuir títulos de pós-graduação que não guardem relação com sua especialidade.
“Neste caso, o objetivo do Conselho é impedir que os pacientes sejam induzidos ao erro de acreditar que o médico tem qualificação extra em sua especialidade ou que está habilitado a atuar em outra área”, explica Fortes. Ainda em relação à qualificação, a norma abriu a possibilidade de que o médico divulgue ter realizado cursos e outras ações de capacitação, desde que relacionados à sua especialidade e que os respectivos comprovantes tenham sido registrados no Conselho Regional de Medicina local.
De acordo com o documento, a proibição de que o médico participe de anúncios de empresas e produtos é extensiva a entidades sindicais e associativas médicas. Assim, sociedades de especialidade, por exemplo, não podem permitir a associação de seus nomes a produtos – medicamentos, aparelhos, próteses, etc.
DETALHAMENTO – Os critérios que foram detalhados na Resolução 1974/2011 constituem em si um importante avanço por apresentar de forma clara e objetiva o que o médico, a instituição ou o estabelecimento de saúde pode e o que não pode fazer no campo da propaganda e da publicidade. A norma, inclusive com este detalhamento, estará disponível para consulta no site do CFM (www.portalmedico.org.br) a partir de sexta-feira (19), além de sua publicação no Diário Oficial da União nesta data.
O documento prevê que o médico não pode, por exemplo: anunciar que utiliza aparelhos que lhe deem capacidade privilegiada ou que faz uso de técnicas exclusivas; permitir que seu nome seja inscrito em concursos ou premiações de caráter promocional que elejam “médico do ano”, “profissional destaque” ou similares; garantir, prometer ou insinuar bons resultados nos tratamentos oferecidos; e oferecer seus serviços por meio de consórcio.
Também é vedada a propaganda de método ou técnica não aceito pela comunidade científica, ou permitir que seu nome circule em material desprovido de rigor científico; conceder entrevistas para se autopromover, auferir lucro ou angariar clientela (permitindo, por exemplo, a divulgação de endereço e telefone de consultório); abordar assuntos médicos, em anúncios ou no contato com a imprensa, de modo sensacionalista, por exemplo, transmitindo informações desprovidas de caráter científico ou causando pânico ou intranqüilidade na sociedade.
IMAGENS E CONFLITOS - A norma ainda proíbe a exposição de imagens de paciente para a divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do paciente. A exceção a esse preceito é, quando imprescindível, o uso da imagem, autorizado previamente pelo paciente, em trabalhos e eventos científicos.
O detalhamento trazido no anexo da nova resolução obriga expressamente o médico a declarar potenciais conflitos de interesse quando conceder entrevistas, participar de eventos públicos ou transmitir informações à sociedade. Ele determina que o uso de imagens em peças publicitárias enfatize apenas a assistência, ou seja, não devem ser utilizadas representações visuais de alterações do corpo humano causadas por lesões ou doenças ou por tratamentos.
Os critérios ainda vedam a participação do profissional em demonstrações de tratamento realizadas de modo a valorizar habilidades técnicas ou estimular a procura por serviços médicos. Também é vedado o uso de nome, imagem ou voz de pessoas célebres em anúncios de serviços médicos. Nas redes sociais, assim como em outros meios, o médico não pode divulgar endereço e telefone de consultório, clínica ou serviço.
Para orientar o médico, o documento indica especificações técnicas que permitem fácil leitura e compreensão das informações cuja presença é obrigatória nas peças publicitárias: os dados médicos devem ser inseridos nas peças impressas, por exemplo, em retângulos de fundo branco, em letras de tamanho proporcional ao das demais informações e de modo destacado; em peças audiovisuais, a locução dos dados do médico deve ser pausada, cadenciada e perfeitamente audível – também na TV devem ser observadas regras relacionadas a tipo e dimensão de letras. De acordo com a resolução, dúvidas sobre a aplicação das regras de publicidade devem ser encaminhadas à Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) do Conselho Regional de Medicina local.
A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos do CFM discutiu as mudanças nas regras de publicidade de serviços médicos entre março de 2010 e julho de 2011 (mês em que a nova norma foi aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina). Para a elaboração da proposta, os membros do grupo buscaram referências sobre publicidade e propaganda em leis e regulamentos de venda de medicamentos, bebidas e outras substâncias e produtos restritos, vigentes no Brasil e no exterior. As Codames dos Conselhos Regionais de Medicina também colaboraram nesse trabalho.

IJF atendeu 1.216 pacientes no fim de semana

A Prefeitura de Fortaleza, através do Instituto Dr. José Frota (IJF), realizou 1.216 atendimentos no último fim de semana – compreendido entre sexta-feira, 19 de agosto, até esta segunda-feira, 22 de agosto. O hospital atendeu 173 casos de violência no trânsito. Foram 2 vítimas de abalroamentos, 88 de acidentes de moto, 29 de atropelamentos, 5 de capotamentos, 48 de colisões e 1 queda de carro em movimento.


O IJF recebeu, ainda, 25 vítimas de agressões físicas, 10 de lesões por arma branca e 18 por arma de fogo. Também chegaram ao hospital 52 vítimas de quedas da própria altura, 26 de picadas de animais peçonhentos, 25 de queimaduras, além de 8 pacientes envolvidos em acidentes na prática de esportes ou ambientes esportivos.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

INSALUBRE

INSALUBRE é qualquer circunstância que possa comprometer a saúde das pessoas. Um local sujo e mal conservado, uma rua sem saneamento básico e a ingestão de água contaminada... Todas essas são condições INSALUBRES de vida. É tudo aquilo que não é saudável, que pode desencadear doenças se houver contato.

Foi constatado também que os pacientes convivem com banheiros insalubres e inapropriados para o uso.“ (G1, 15/05/2011)



>> Definição do iDicionário Aulete:

(in.sa.lu.bre)

a2g.

1. Que não é saudável

2. Diz-se de local em que há agentes nocivos à saúde ou em que se dá a exposição a estes acima dos limites de tolerância (cidade insalubre; fábrica insalubre); MALSÃO

3. Contaminado por agentes nocivos à saúde; cujo contato, absorção, ingestão etc. pode ser ou é nocivo à saúde (ar insalubre; água insalubre); POLUÍDO; CONTAMINADO

4. Que se dá em local insalubre (2) ou cuja natureza se presta a exposição ou propicia o contato com agentes nocivos, prejudiciais à saúde (trabalho insalubre; serviço insalubre; atividade insalubre)

5. Jur. Que expõe o trabalhador a agentes nocivos à saúde ou que propicia esta exposição (condições de trabalho insalubres)

6. Que causa doença(s); nocivo, prejudicial à saúde (agentes insalubres)

[F.: Do lat. insaluber, bris, ou insalubris, e. Sin. nas acps. 1 a 5: saudável.]
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5 coisas que você deve saber sobre Síndrome de Burnout




1. O que é a Síndrome de Burnout?

O nome Burnout foi delineado na década de 70 e desde então vem ganhando bastante atenção na literatura médica atual. É particularmente observado em profissionais de saúde, designando uma forma de estresse relacionada ao contexto assistencial. Não se trata de um fenômeno novo, mas é ainda pouco familiar a discussão do tema em nosso meio. Consiste em sinais e sintomas de diferentes esferas:

Comportamental: irritabilidade no manejo com pacientes e colegas, consultas relâmpago, baixa satisfação profissional, distanciamento no contato com pacientes.

Física: cefaléias, insônia, cansaço fácil, distúrbios gastrointestinais. Psíquica: ansiedade, exaustão emocional, isolamento.

2. Por quais razões a Síndrome de Burnout se desenvolve?

Há uma combinação de fatores causais que podem desencadear o Burnout, desde a vulnerabilidade a transtornos mentais, mecanismos de proteção contra o estresse pouco funcionantes, rigidez, sedentarismo, relações pessoais pouco gratificantes. Aliadas a estas, estariam as características do próprio trabalho: baixa autonomia na tomada de decisões, acúmulo de empregos, subemprego, número excessivo de atendimentos. Assim, é preciso agir nas diversas fontes que nutrem o problema.

3. Como sei identificar se alguém está com esse problema?

É bom esclarecer que o Burnout não tem o status de doença, mas é um estado de estresse mantido que pode anteceder quadros francamente patológicos, como depressão, ansiedade e pânico. Também pode levar a um aumento do consumo de substâncias (lícitas e/ou ilícitas), na busca de alívio imediato do sofrimento. Há escalas que possibilitam mensurar a intensidade do fenômeno, mas, de um modo simples, a tríade de insatisfação profissional ou frieza no contato com os pacientes, dificuldade de experimentar prazer ou exaustão emocional e sintomas físicos inespecíficos como alterações do sono ou cefaléia, leva a suspeitar da presença do quadro.

4. A Síndrome de Burnout tem tratamento?

Sim, há como intervir tanto preventiva quanto terapeuticamente. Geralmente, mudanças na escala de trabalho, melhor organização de horários, atividades de relaxamento (musicoterapia e meditação têm se mostrado efetivas) e exercícios físicos associados a psicoterapia têm apresentado um bom resultado. A redução do consumo de substâncias psicoativas (ou a parada completa) tende a favorecer o tratamento.

5. A quem devo buscar para pedir ajuda/auxílio?

O mais importante é o reconhecimento da síndrome. Daí em diante, tanto as mudanças organizacionais e pessoais em relação ao trabalho quanto a terapia psicológica podem surtir bons resultados. Não há consenso quanto à forma mais efetiva de psicoterapia. Assim, o mais importante é que o profissional tenha um terapeuta em quem possa confiar. O tratamento medicamentoso deve ser reservado para casos mais intensos que envolvam depressão, alcoolismo ou transtornos ansiosos. Contar com um clínico geral que possa fazer diagnósticos diferenciais, neste caso, é recomendado pelos profissionais da área de saúde.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Balanço Feriado de Nossa Senhora de Assunção


A Prefeitura de Fortaleza, através doInstituto Dr. José Frota (IJF), realizou 1.667  atendimentos no último feriado – compreendido entre sexta-feira, 12 deagosto até esta segunda-feira, 16 de agosto. O hospital atendeu 227 casosde violência no trânsito. Foram 125 acidentados de moto, 2 vítimas de abalroamentos, 45 de atropelamentos, 4 decapotamentos, 50 de colisões e 1 queda de carro em movimento.

O IJF recebeu, ainda, 87 pessoasoriundas da violência urbana, sendo 47de agressões físicas, 20 de lesões por arma branca e 20 por arma de fogo.Também chegaram ao hospital, 58 vítimasde quedas da própria altura, 35 de picadas de animais peçonhentos, 41 de queimaduras e 11 pacientesenvolvidos em acidentes na prática de esportes ou ambientes esportivos.

No último feriado prolongado desteano, Corpus Christi, foram 1.304 atendimentos. Foram 195 casos de violência no trânsito e 85 deviolência urbana.

Violência no Trânsito:
108 acidentados de moto
29 abalroamentos
46 atropelamentos
8 capotamento
4 quedas de carro em movimento

Violência Urbana:
43 vítimas de agressões físicas
14 de lesões por arma branca
28 por arma de fogo

IJF atendeu 1.197 pacientes no fim de semana

01.08.2011


A Prefeitura de Fortaleza, através do Instituto Dr. José Frota (IJF),realizou 1.197 atendimentos no último fim de semana – compreendido entresexta-feira, 29 de julho, até esta segunda-feira, 1° de agosto. O hospitalatendeu 170 casos de violência no trânsito. Foram 2 vítimas de abalroamentos, 95de acidentes de moto, 30 de atropelamentos, 1 de capotamento, 35 de colisões, 5quedas de bicicleta e 2 quedas de carro em movimento.

O IJF recebeu, ainda, 35 vítimas de agressões físicas, 16 de lesões porarma branca e 10 por arma de fogo. Também chegaram ao hospital 54 vítimas dequedas da própria altura, 22 de picadas de animais peçonhentos, 34 dequeimaduras, além de 13  pacientesenvolvidos em acidentes na prática de esportes ou ambientes esportivos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Novo hospital deve ser construído no Anel Viário

O Hospital Regional Metropolitano, prometido pela Secretaria Estadual da Saúde para a Copa do Mundo de 2014, vai ajudar a desafogar o IJF e o HGF. Ao todo, serão instalados 571 leitos


05.08.2011| 01:30
  

Fortaleza e os municípios da Região Metropolitana vão ganhar, até a Copa do Mundo de 2014, um novo hospital de urgência e emergência, especializado em serviços de alta complexidade. O Hospital Regional Metropolitano (HRM) deve ser construído no Anel Viário da Capital, via que liga a BR-116 a BR-222, numa distância de até 15 quilômetros do estádio Castelão.

A informação é do titular da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Arruda Bastos. Ontem, durante a reunião da Câmara Temática Nacional de Saúde da Copa do Mundo de 2014, realizada em Fortaleza, o secretário apresentou a construção da unidade como parte do plano assistencial de saúde que vem sendo preparado pelo Governo do Estado e pela Prefeitura para a Copa.

Além de contribuir para o fortalecimento da saúde, na época do Mundial, o hospital também será uma opção para desafogar o Instituto Dr. José Frota (IJF) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Os dois sofrem constantemente com superlotação. Isso porque pacientes de toda parte do Ceará e com casos fora do perfil também procuram atendimento nessas unidades.

Com 571 leitos, o novo HRM deve receber pessoas que vêm, principalmente, da Região Metropolitana. “Por isso, a possibilidade maior de construir no Anel Viário. Não tem sentido construir mais um dentro da Capital”, ressaltou o secretário. O novo hospital, conforme Arruda, terá dois perfis: emergência clínica e traumato-ortopédica. “Será um misto de IJF com HGF”.

As obras devem iniciar ainda este semestre. A previsão é que o hospital seja entregue no fim de 2013 e comece a funcionar em 2014. “Construímos o Hospital Regional do Cariri em dois anos e dois meses. Tenho certeza que vamos conseguir concluir”, garantiu o secretário, ao ser questionado se teria tempo suficiente para finalizar a unidade.

No momento, Arruda explicou que o projeto inicial de implantação do hospital está sendo aprimorado. Apesar do terreno ainda não ter sido definido, ele garante: “Terreno não vai faltar. Temos muitas opções”. Outras iniciativas estão previstas até a Copa, como a reforma e ampliação dos frotinhas da Parangaba, Messejana e Antônio Bezerra e do Gonzaguinha do José Walter.

Para a Copa, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também será ampliado. Atualmente, de acordo com Arruda Bastos, existe cobertura apenas em Fortaleza e no Litoral Leste. Até 2014, o serviço será “universalizado” para todo o Ceará. Ao todo, serão quatro polos: Litoral, Norte, Cariri e Sertão.


ENTENDA A NOTÍCIA
O Hospital Regional Metropolitano (HRM) deve ser construído no Anel Viário, numa distância de até 15 km do Castelão. Até o fim do ano, a Secretaria Estadual da Saúde promete iniciar a construção do novo hospital terciário, que vai ajudar a desafogar o IJF e o HGF.

SAÚDE NO CEARÁ

Atenção primária(assistência preventiva e de controle a algumas doenças)
153 novas Unidades Básicas de Saúde da Família, espalhadas por todo o Ceará

Atenção secundária (atendimentos de urgência e emergência e atendimento de especialidades)
32 UPAs (24 no Interior, 4 na RMF e 4 na Capital)
18 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) no Estado
Universalização do SAMU: Polo Litoral, Polo Norte, Polo Cariri e Polo Sertão
34 hospitais polo, espalhados no Estado
Reforma e ampliação dos Frotinhas e do Gonzaguinha do José Walter
22 policlínicas regionais

Atenção terciária (serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de alta complexidade)

Hospital Regional do Cariri (294 leitos)
Hospital Regional Norte, em Sobral (386 leitos)
Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim (270 leitos)
Hospital Regional do Maciço, em Baturité (250 leitos)
Hospital Regional Metropolitano (571 leitos)


Gabriela Meneses
gabrielameneses@opovo.com.br

Cientistas avançam nas pesquisas de vacina contra hepatite C

Tecnologia baseada em pseudopartículas virais não permitem multiplicação viral



Uma equipe de pesquisadores europeus obteve resultados promissores com uma nova estratégia para desenvolver uma vacina contra a hepatite C, uma doença que afeta 200 milhões de pessoas e mata 50 mil no mundo a cada ano.

Até o momento não existe qualquer vacina contra o vírus  da hepatite C (VHC), transmitido essencialmente pelo sangue (drogas por via intravenosa, transfusões, transplante de órgãos e etc) e que causa graves complicações, como insuficiência hepática e câncer de fígado.

O estudo europeu, coordenado pelo especialista francês David Klatzmann e apoiado pela Agência francesa de Pesquisas sobre a Aids e Hepatites Virais (ANRS, na sigla em francês), analisou uma tecnologia baseada no uso de "pseudopartículas virais", estruturas artificiais que se parecem com partículas virais mas não representam risco porque carecem de material genético e não permitem a multiplicação do vírus.

Estas pseudopartículas já foram utilizadas, por exemplo, na vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), causa de vários tipos de câncer genital.

A novidade do estudo publicado na quarta-feira (3) na revista Science Translational Medicine reside na aplicação de pseudopartículas virais "quimeras", construídas com fragmentos procedentes de dois vírus diferentes. Neste caso, a pseudopartícula deriva de um retrovírus de rato recoberta com proteínas do VHC.

Os pesquisadores observaram que, ao reagir a vacina com pseudopartículas virais, a produção de anticorpos neutralizou o vírus VHC em ratos e macacos.

Estes anticorpos se revelaram capazes de induzir uma imunidade contra os diferentes subtipos de VHC, algo inédito até o momento.

A técnica poderá ser ampliada a vacinas contra outras doenças, como a Aids (HIV) e a dengue.




Fonte: AFP

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Conselho Federal de Medicina cria novas áreas de atuação médica



Além das Medicinas do Sono, Paliativa e Tropical, que passam a existir oficialmente, também foram ampliadas as áreas de atuação de Medicina de Dor e da Hepatologia
A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 1973/2011, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1º), cria três novas áreas de atuação médica: medicina do sono, medicina paliativa e medicina tropical. Área de atuação é um ramo de especialidade médica. Ao ingressar em programa de residência da especialidade infectologia, por exemplo, o profissional pode, a partir de agora, receber treinamento adicional específico na área de medicina tropical.
“Mudanças nas características de determinados ramos da medicina exigem adaptações de nomenclatura e de distribuição das atenções profissionais; isso é próprio do caráter orgânico da profissão”, avalia Carlos Vital, 1º vice-presidente do Conselho e membro da Comissão Mista de Especialidades. A resolução nº 1.973/11 foi aprovada pelo CFM e entra em vigor na data de sua publicação.
Medicina paliativa – A resolução do CFM associa a área de medicina paliativa às especialidades clínica médica, cancerologia, geriatria e gerontologia, medicina de família e comunidade, pediatria e anestesiologia. De acordo com a médica Maria Goretti Sales Maciel, diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, a criação da área traz mais visibilidade a um tipo de trabalho médico que já existe e é realizado com rigor científico.
“A medicina paliativa foi reconhecida no Reino Unido em 1987. A assistência e os estudos da área avançaram muito desde então; processo análogo deve ocorrer aqui”, ressalta Maciel, que é membro da câmara técnica sobre terminalidade da vida e cuidados paliativos do CFM e foi a primeira presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP).
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 65% dos portadores de doenças crônicas que ameaçam a vida necessitam de cuidados paliativos. Com a publicação da norma que cria esta área, a comissão nacional de medicina paliativa da Associação Médica Brasileira (AMB) definirá os critérios para o reconhecimento dos primeiros paliativistas titulados do país.
Medicina tropical – A área de atuação medicina tropical, vinculada à especialidade infectologia, é dedicada ao estudo e tratamento de doenças como malária, febre amarela, dengue, esquistossomose e leishmaniose, típicas de regiões tropicais. Na avaliação do médico Juvêncio Dualib, chefe do setor de infectologia do Hospital de Heliópolis, em São Paulo, a especialidade é derivada do campo de estudo da medicina tropical, mas atualmente abrange um vasto número de doenças.
“A medicina tropical ocupa importante espaço da infectologia, por isso há infectologistas que se dedicam especificamente a doenças tropicais; com o reconhecimento da área, os pacientes passarão a saber que existem especialistas dedicados a esse grupo específico de doenças”, afirma. Dualib é professor da Faculdade de Medicina do ABC e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, instituição que deverá aplicar as provas a que deverão se submeter os médicos que buscarem titulação na nova área.
Outras mudanças – Com a resolução publicada nesta segunda, a área de atuação dor, que era associada somente às especialidades anestesiologia e neurologia, passa a ser associada adicionalmente a acupuntura, medicina física e reabilitação, neurocirurgia e ortopedia e traumatologia. Além disso, a especialidade medicina legal passa a ser denominada medicina legal e perícia médica. Deixaram de ser tratadas como áreas de atuação: cirurgia de coluna, perícia médica, reprodução humana e medicina aeroespacial. Também houve ampliação no número de especialidades vinculadas à área de atuação hepatologia, que, a partir de agora, ainda manterá ligações com a clínica médica e a infectologia.

Ceará registra recorde de transplantes entre janeiro e julho de 2011

Já foram realizados 619 transplantes de janeiro ao dia 22 de julho de 2011.
Este ano o Ceará realizou o 1º transplante de pulmão do Norte/Nordeste.


Do G1 CE
 

O Ceará registrou um recorde de transplantes nos sete primeiros meses de 2011. Até a última sexta-feira (22) foram feitos 619 transplantes contra 516 procedimentos de janeiro ao dia 22 de julho de 2010. Entre os procedimentos destaca-se o feito no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes.
A superação dos números é registrada em diferentes órgãos transplantados. As 20 equipes transplantadoras existentes no Ceará realizaram, este ano, 146 transplantes de rim (138 no mesmo período de 2010), 358 de córnea (269 no ano passado), 12 de coração (11), 85 de fígado (64), 5 de pâncreas (4) e, ainda, 1 de esclera (12), 8 de medula óssea (10) e 3 de valva cardíaca (8).
Ranking nacional
O Ceará ocupa boas posições no ranking nacional de transplantes. No ano passado, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foi o primeiro Estado do Nordeste e terceiro do país em transplantes de coração, com 16 procedimentos realizados. Ficou também em primeiro lugar no Nordeste e em segundo lugar no país em transplantes de fígado, realizando no ano passado 113 transplantes. Com o seis transplantes de pâncreas realizados em 2010, o Ceará ficou em primeiro lugar na região e em terceiro no Brasil. Os 232 transplantes de rim colocaram o Ceará mais uma vez em primeiro do Nordeste e em quinto do país.

IJF registra recorde de atendimento

Em julho, o IJF recebeu 675 vítimas de acidentes de moto. O número representa 48,2% de atendimentos de violência no trânsito


      

Média de 21 pessoas deram entrada por dia no IJF em julho vítimas de acidentes de moto (DEIVYSON TEIXEIRA) Média de 21 pessoas deram entrada por dia no IJF em julho vítimas de acidentes de moto (DEIVYSON TEIXEIRA)
Em cada um dos dias de julho, cerca de 21 pessoas foram vítimas de acidentes de moto no Ceará. A média, baseada em dados do Instituto Doutor José Frota (IJF), hospital referência no atendimento a trauma no Estado, foi a maior registrada este ano. Nos 31 dias do mês de férias, foram realizados 1.400 atendimentos a vítimas do trânsito. Desse total, 675 (ou 48,2%) envolviam moto. Para o diretor executivo do IJF, Casemiro Dutra, entre os motivos estão o aumento no número de motocicletas e a constante exposição a acidentes, durante as férias.

Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em todo o Estado há mais motos do que carros. São 703.734 automóveis contra 763.002 motocicletas. “As motocicletas facilitam a vida, mas devem ser usadas com responsabilidade. Se não, vira um problema de saúde pública”.

Em períodos de férias e feriados, a situação é ainda pior. Segundo o médico, as unidades de saúde já “se preparam para catástrofes no trânsito”. “De folga, as pessoas se expõe a muitos acidentes, se excedem muito. E costumam associar álcool e direção. É um risco grande”.

Entre os acidentados, a maioria é homem, entre 15 e 45 anos. Além disso, segundo Dutra, boa parte (60%) vem do Interior. “Não há controle rigoroso quanto ao uso de capacete, ao número de pessoas em cima da moto, por exemplo”, critica.

Quem sofre acidente de moto, por ficar com o corpo muito exposto, costuma chegar ao hospital com várias fraturas (politraumatismo). De acordo com Casemiro, a maior parte tem fratura nas pernas. Há também risco de hemorragia interna no fígado, baço e intestino, além de traumatismo cranianoencefálico.

Custo
Por causa das várias fraturas, o médico explica que acidentes de moto custam caro. Além das sequelas físicas, o valor gasto é alto. Geralmente, o paciente necessita de atendimento de alta complexidade e o custo diário é de R$ 173, segundo o IJF. Alguns acidentados podem ficar até um ano, entre idas e voltas ao hospital, para fazer cirurgias. Um semestre, por exemplo, pode custar até R$ 31.140. “Precisamos investir em educação no trânsito, principalmente no Interior, para evitar que isso onere a saúde”, opina Casemiro Dutra.

Para tentar reduzir os acidentes no Interior, o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) aposta em fiscalização. No entanto, segundo o gerente de Fiscalização do órgão, Pedro Forte, há apenas duas equipes permanentes para fiscalizar todos os municípios do Interior. “Essas equipes são voltadas ao trabalho com motos. Esta semana estamos na região de Acaraú, no Norte do Estado”. O foco é na falta de capacete e de habilitação. “São as duas infrações que mais encontramos”.


ENTENDA A NOTÍCIA
De acordo com o Denatran, há mais motos, em todo o Ceará, do que carros. A facilidade de ter uma moto tem contribuído para o aumento no número de acidentes. Somente em junho, o IJF atendeu 675 vítimas de acidentes de moto.

ACIDENTES DE MOTO (2011)

Janeiro: 570
Fevereiro: 537
Março: 494
Abril: 623
Maio: 552
Junho: 527
Julho: 675

ACIDENTES EM JULHO (2011)

Abalroamento: 20
Moto: 675
Atropelamento: 250
Capotamento: 35
Colisão: 299
Queda de Bicicleta: 109
Queda de Carro em Movimento: 12

ACIDENTES DE MOTO (JULHO DE 2010 A JULHO DE 2011)

Julho (2010): 582
Agosto (2010): 564
Setembro (2010): 582
Outubro (2010): 611
Novembro (2010): 555
Dezembro (2010): 592
Janeiro (2011): 570
Fevereiro (2011): 537
Março (2011): 494
Abril (2011): 623
Maio (2011): 552
Junho (2011): 527
Julho (2011): 675

FONTE: IJF


Gabriela Meneses
gabrielameneses@opovo.com.br

Sem médico, pediatria do Frotinha fecha

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Saúde agoniza: os nove pediatras do Frotinha de Antônio Bezerra não dão conta da quantidade de pacientes; o atendimento está reduzindo a demanda total em até 50%
KID JUNIOR

Pela falta de especialistas, diretoria está encaminhando crianças para o Gonzaguinha da Barra
O olhar sofrido do pequeno Mateus Vinicius Barroso, 9, revela o cansaço de quem já peregrinado por dois postos de saúde e achava que no Hospital Distrital Evandro Aires de Moura, conhecido como Frotinha de Antônio Bezerra, iria encontrar alívio para as dores de cabeça que lhe atormentam há semanas.

Para a surpresa do garoto e de outras dezenas de doentes, a pediatria fechou as portas em definitivo, não havia especialista de plantão no local ontem. A direção está sugerindo o encaminhando dos pacientes mais graves para o Gonzaguinha da Barra do Ceará, 18 km de distância.

Demanda
Conforme o diretor clínico do Frotinha, Marcus Almeida, o processo de desativação não é recente, já vem há dois anos. No quadro de pediatras, a defasagem é grande, afirma. "Teríamos que ter 18 especialistas, mas, no momento, só estamos com nove servidores que não dão contam da demanda e vão ser remanejados. É angustiante ter que ver as crianças voltando sem atendimento", desabafa. Para o diretor, a falta de profissionais especializados nesta área é uma realidade já bem conhecida do serviço público.

Concursados já teriam sido chamados mas não atenderam a convocatória. Segundo Almeida, quando todos os médicos estão no plantão, são realizados uma média de 600 procedimentos por dia, 18 mil a cada mês.

Com a escassez, o atendimento no Frotinha está reduzindo a demanda total em até 50%. No fim do ano passado, a enfermaria infantil já havia sido desativada e agora as internações de crianças não estão mais sendo feitas. "Os oito leitos da pediatria vão para os pacientes da clínica geral. Estamos recambiando tudo", lamenta.

Quando recebeu a notícia do fechamento, a dona de casa Andressa Átila não se conteve em lágrimas, não sabia onde iria tratar o filho, de apenas quatro meses, que sentia fortes dores abdominais. "Criança tinha que ser prioridade e não ficar sendo jogada de hospital em hospital", diz. Durante cerca de 20 minutos que a equipe de reportagem esteve na porta da emergência do Frotinha, oito crianças voltaram para a casa sem atendimento especializado.

No entanto, a problemática da falta de profissionais não se reduz a área da pediatria, afirma o diretor clínico da unidade de saúde. Ontem à tarde, não havia também clínico geral no plantão. "Temos uma necessidade de 18 clínicos, só tem dez, mas nem todos estão na ativa", diz. Faltam médicos na segunda à noite, terça-feira de manhã e tarde, quinta-feira à noite e durante toda a sexta-feira.

Segundo o coordenador de gestão hospitalar da Prefeitura, Helly Ellery, ampliações estão previstas. "A taxa de ocupação dos leitos em pediatria tem sido baixa, cerca de 40%. Alguns profissionais serão remanejados e nenhuma paciente deixará de ser atendido", informa.

PREFEITURA
Baixo salário oferecido tem afastado os profissionais
A gestão municipal aponta a falta de profissionais como um dos principais motivos para o fechamento das pediatrias na rede pública. Já, a Cooperativa dos Pediatras do Ceará (COOPED-CE) refuta a informação e diz que a culpa são os baixos salários oferecidos e a precariedade da estrutura de trabalho.

"Este fenômeno da escassez de pediatras é uma realidade no País inteiro. A sobrecarga de atendimento é grande e a remuneração não é um atrativo. O piso do médico está preconizado nacionalmente em cerca de R$ 9 mil e em Fortaleza pagam muito menos que a metade disto", afirma o presidente da Cooperativa, pediatra João Borges.

Prova disto é a convocatória do último concurso municipal para a área, afirma o coordenador de gestão hospitalar, Helly Ellery. "Chamamos 20 aprovados e até agora só oito apareceram. Vamos nos planejar para trabalhar com o que temos e remanejá-los. Oferecemos salários adequados, sim",diz.

Para Borges, a grande demanda de trabalho e a má condição de atuação nas emergências públicas são alguns dos fatores de repulsa. "A gente percebe queda do interesse já na graduação. Antes 13% dos alunos saiam da faculdade direto para a residência pediátrica. Hoje menos de 9% desses graduados topam a carreira, tanto na rede pública como na privada", ressalta.

IVNA GIRÃO
REPÓRTER

O NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA

INFORMATIVO CREMEC
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ
R. Floriano Peixoto, 2021 - José Bonifácio
Fone: 3230.3080 Fax: 3221.6929
CONCURSO DE MONOGRAFIAS
PROF. DALGIMAR BESERRA DE MENEZES
TEMA 2011:
O NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
Os candidatos deverão apresentar uma monografia de 10 (dez) a 30 (trinta) laudas, digitadas em fonte arial tamanho 12 e com espaço duplo de um único lado da folha tamanho ofício (incluir cds).
Os trabalhos deverão ser inéditos; podendo conter ilustrações.
Poderão se inscrever no concurso os médicos em geral e estudantes de medicina do Ceará e de todos os outros estados brasileiros.
O Julgamento dos trabalhos será feito por uma comissão indicada pelo CREMEC.
Os candidatos deverão inscrever-se sob pseudônimo e juntar ao trabalho envelope lacrado com o nome verdadeiro.
Os conselheiros do CREMEC poderão participar, ser classificados, mas não farão jus aos prêmios.
Os trabalhos deverão ser entregues em 03 (três) vias na sede do CREMEC, à Rua Floriano Peixoto, 2021 - bairro José Bonifácio, até o dia 23 de setembro de 2011.
Os Trabalhos submetidos não serão devolvidos; passarão a ser propriedade do CREMEC e poderão ser publicados. Na eventualidade de publicação, a comissão julgadora do concurso poderá excluir trabalhos que achar não qualificados.
Quatro (4) prêmios serão conferidos, dois (02) para médicos e dois (02) para estudantes de medicina; o primeiro lugar dos médicos receberá R$ 2.000,00( dois mil reais), o segundo R$ 1.000,00 (um mil reais); o prêmio do primeiro lugar para estudantes será de R$ 1.000,00 (um mil reais) e do segundo de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Cons. Ivan de Araújo Moura Fé
Presidente do CREMEC

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ceará sedia pós em cardiologia

O primeiro doutorado em cardiologia da Região Nordeste teve aula inaugural realizada na tarde de ontem. O curso, terceiro do País, é uma parceria do Hospital de Messejana (HM) Dr. Carlos Alberto Studart Gomes com o Instituto do Coração, da Universidade de São Paulo (Incor/USP). No Ceará, as universidades Estadual e Federal são parceiras da iniciativa. São 14 cardiologistas nesta primeira turma.

O coordenador do doutorado, Ítalo Martins, explica que a iniciativa pretende incentivar a pesquisa na área. “Queremos formar massa crítica para criarmos nossa própria pós-graduação. Com doutores formados, podemos fazer outras turmas”, diz.

O curso tem duração de quatro anos. Pelo menos nove meses deverão ser de estágio no Incor, de onde vêm os orientadores e professores. “As pesquisas agora serão com base na nossa realidade e poderão ser aplicadas aqui, com algo que os alunos conhecem bem”, destaca Martins.

Segundo a diretora do HM, Socorro Martins, a iniciativa é parte do investimento em ensino e pesquisa, duas das missões da unidade. “O hospital vai ter um grupo técnico mais qualificado. Você vai fazer pesquisas que podem ser usadas em nossos pacientes. E as teses de doutorado podem mostrar perfil diferenciado do nosso paciente”, cita.

O cardiologista Ronaldo Mont’Alverne, aluno do doutorado, cita que a pós-graduação chamará a atenção dos médicos para a importância da pesquisa. “Poderemos entender, por exemplo, se o enfarto daqui é igual ao dos Estados Unidos”, comenta.

30.07.2011| 01:30

Procedimento cirúrgico realizado em Fortaleza é destaque em congresso nos EUA

A sinuplastia, cirurgia que consiste em tratar a sinusite sem cortes, foi destaque nesta sexta-feira (29) no Sinus Forum 2011, o maior congresso médico de Nova York (Estados Unidos), diretamente de uma exibição de Fortaleza.

O Dr. João Flávio Nogueira Jr. (especialista que trouxe a inovação para o Ceará) e sua equipe foram aplaudidos de pé por mais de 1.500 participantes do congresso após o término das cirurgias, realizadas no Hospital São Carlos e exibidas ao vivo pela internet. Cerca de 40 médicos e alunos de Medicina também acompanharam o procedimento, no próprio hospital.

Para a realização da sinuplastia, um balão é utilizado para dilatar e desobstruir os seios nasais. O fato de o procedimento não ter cortes permite um pós operatório mais tranqüilo.

Veículo: Jangadeiro OnlineData: 29/07/11

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mil pessoas na fila de espera por cirurgia bariática

Mil pessoas na fila de espera por cirurgia bariática

Publicado em 31 de julho de 2011
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O médico Marcos Paulo Lopes fala sobre o procedimento: já foram realizadas 456 operações no HGCC
FOTO: ANTONIO DUARTE
No Ceará, o Hospital Geral César Cals é o único que realiza reduções de estômago; a procura aumenta a cada ano
Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida através da perda de peso, cada vez mais pessoas procuram os procedimentos cirúrgicos. O Hospital Geral César Cals (HGCC), único que realiza cirurgias bariátricas - de redução do estômago - pela rede pública no Ceará, possui em torno de mil pessoas na fila à espera para fazer o procedimento. A cada ano, a procura só aumenta. De acordo com o presidente da Associação dos Obesos e Ex-obesos do Ceará, Rubem Costa de Oliveira, a demanda cresce cerca de 15% ao ano.

Desde que foi criada a Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do HGCC, no dia 24 de janeiro de 2001, já foram realizadas 456 cirurgias ao todo.

Por semana, dois procedimentos são feitos na unidade, sempre às quartas e sextas-feiras. Se continuar neste ritmo, a expectativa é de que até janeiro de 2012, seja atingida a média de 500 procedimentos.

O cirurgião bariátrico Francisco Ney Lemos destaca que o HGCC é um dos poucos no País que faz a cirurgia da obesidade por vídeo (videolaparoscopia). O especialista informa que, pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), a operação custa cerca de R$ 12 mil. Mas, quando feita em unidades particulares, o valor praticamente duplica, variando de R$ 20 a R$ 22 mil.

O tempo médio de espera também é longo. Desde a primeira consulta, ainda no posto de saúde, até chegar ao programa da obesidade, leva em torno de dois anos. No entanto, uma vez que a pessoa consegue entrar no programa, o tempo médio de espera é de seis meses a um ano.

A demora se deve, segundo o cirurgião Rubem Costa, ao grande número de consultas que tem de ser feitas, geralmente na rede pública. Outro fator agravante é o acréscimo na demanda, principalmente porque o HGCC é referência no Norte e Nordeste na realização deste tipo de cirurgia. "Vem gente de vários estados fazer o procedimento conosco", afirma Rubem Costa.

A professora Carmelita Fernandes Afonso Rodrigues, 48, chegou a pesar 175kg. Atualmente, tem 161kg e está na fila à espera por uma cirurgia bariátrica no HGCC.

Em setembro de 2006, ela entrou no programa da obesidade, mas não pôde realizar o procedimento porque era fumante. A burocracia para conseguir fazer os exames é outro fator que aponta como empecilho para agilizar o processo.

Por causa do peso, sofre de pressão alta, colesterol elevado e sente dormência nas pernas. Até para se levantar sente dificuldades. Há seis meses, Carmelita colocou um balão intragástrico e, provavelmente, no próximo mês de agosto passará pelo procedimento cirúrgico. "Estou preparada. Depois de cinco anos, a gente se sente bem, pronta para fazer a operação", diz.


Preço
12mil reais é quanto custa a cirurgia pela tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Em unidades particulares, o valor varia de R$ 20 a R$ 22 mil, segundo o cirurgião bariátrico Francisco Ney Lemos


PROTAGONISTA
História de sucesso
O digitador Paulo Sérgio da Silva, 43, fez a cirurgia bariátrica há 15 dias. Ele conta que estava se sentindo esteticamente mal, além de sofrer de artrose, pressão alta e ter medo de desenvolver diabetes. Antes do procedimento, estava com 142kg, se operou com 128kg. Depois do procedimento, já perdeu oito quilos. "Eu aconselho a qualquer pessoa obesa que procure a rede pública para fazer a bariátrica, é um privilégio que o Estado nos oferece". Para conseguir a cirurgia, ele passou três anos na fila de espera, mas garante que valeu a pena.

Paulo Sérgio da Silva, 43 anos

OBESIDADE
Cerca de 95% dos operados conseguem manter o peso
Cirurgião afirma que muitas doenças são evitadas, mas alerta para a importância do acompanhamento
Em torno de 95% a 97% das pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 que se submetem à cirurgia bariátrica perdem peso e mantêm o peso perdido. Com isso, como explica o cirurgião do aparelho digestivo, Rodrigo Babadupulos, eles ficam mais distantes das patologias relacionadas com a obesidade. São mais de 200 patologias ligadas diretamente com o sobrepeso.

"Quanto mais obeso, mais essa patologias estão presentes", destaca o especialista. Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, apneia do sono, doenças osteoarticulares (por sobrecarga), doença arterial coronariana (que pode levar ao infarto), acidente vascular cerebral, são algumas dessas doenças.

Babadupulos explica que a cirurgia bariátrica surgiu para pacientes com obesidade mórbida que possuem insucesso no tratamento clínico.

O especialista alerta que ela não funciona como uma porta, onde a pessoa entra obesa e sai magra, envolve também um tratamento com diversos profissionais. Por isso a importância do acompanhamento pré-operatório, especialmente do ponto de vista psicológico e nutricional, para que a pessoa entenda que sua vida irá mudar.

"O paciente vai ganhar uma ferramenta que vai fazer com que ele esteja farto com pouco alimento, que tenha saciedade por mais tempo e menos do que ele comeu será absorvido (dependendo da técnica que for empregada), o que não exclui a necessidade de ter mudanças nos hábitos alimentares", destaca o cirurgião.

Para quem está interessado no procedimento, o especialista reforça que não se trata de uma cirurgia plástica, mas sim um procedimento que vai tirar do paciente os riscos da obesidade. Para fazer a cirurgia, o paciente obeso precisa perder cerca de 10% do peso. Após a operação, ela perde em média 35% a 40% do peso.

A dona de casa Elzanira de Sousa Castelo Branco, 35, é uma das que fez a cirurgia bariátrica. Antes da operação, seu peso era 100kg. Agora, graças ao acompanhamento nutricional que segue rigorosamente, mantém os 60kg. Hoje, um ano após a cirurgia, ela conta que sua vida mudou, que se sente mais feliz e que as pessoas se aproximam mais dela.


LUANA LIMA
REPÓRTER