segunda-feira, 13 de abril de 2009

IJF mantém média de atendimentos


Feriado
IJF mantém média de atendimentos
Enquanto nos frotinhas o movimento era calmo, no IJF os corredores estavam apinhados de pacientes no domingo de manhã. O feriado violento refletiu na emergência do único hospital de alta complexidade da rede pública. Não havia mais vagas na enfermaria

Mariana Toniattida Redação1
3 Abr 2009 - 00h38min

Nos corredores da emergência do Instituto Dr. José Frota (IJF), pelo menos 40 pacientes aguardavam uma vaga na enfermaria no domingo de manhã. A maioria com traumas de face. O feriado da Páscoa foi violento no IJF. O número de atendimentos das 7 horas de sexta-feira até às 10 horas de domingo, 789, é a média de um fim de semana normal. A quantidade de pessoas atendidas devido à lesões por armas de fogo, 12; e de acidentes com moto, 33, também foi a de um plantão normal do IJF. Entre os dias 13 e 15 de março, por exemplo, foram registrados 11 lesões por arma de fogo e outras 35 pessoas atendidas por acidentes de moto. O movimento se intensificou a partir de sexta-feira à noite. “Tivemos muitos casos de arma de fogo que normalmente provocam lesões graves. O hospital está cheio”, afirma Vânia Ponte, chefe dos plantões de quinta a sábado. A chegada de pacientes do Interior com problemas menos complexos sobrecarregou ainda mais o IJF. “Tem paciente vindo direto, sem passar pela Central de Regulação de Leitos. São casos que podem passar pelos frotinhas”, diz Vânia. No domingo, depois das 10h30min, o IJF começou a receber pacientes do Frotinha da Messejana que precisavam de raio-x. A máquina da unidade de Messejana acabara de quebrar. Por lá o movimento no feriado foi calmo, menor que num fim de semana normal, de acordo com o chefe da equipe de plantão no domingo, Madison Mont’Alverne. “Foi bom terem mantido alguns postos abertos. Fez diferença. “, diz Madison. Francisco Carlos Leite, 26, fez o raio-x (quando a máquina ainda funcionava) e foi atendido em uma hora. “Bem mais rápido do que imaginava”. A espera na urgência de pediatria era a mais longa. Muita gente ignorou os postos abertos e foi direto para o hospital. Foi o que fez Iramice dos Santos Silva. Ela sabia que o posto perto de casa estava funcionando, mas preferiu o frotinha. “Vim pra cá porque lá já sei que vai ser uma demora danada”, justifica. Ela aguardava há 30 minutos com o filho de quatro anos que estava com febre. No Frotinha da Parangaba a sala de espera também estava vazia. “O período mais agitado foi no sábado à tarde. Teve muito atendimento de trauma. Nesse domingo de manhã, o atendimento cirúrgico está mais movimentado. Chegou um rapaz com um tiro, gente com corte, coisas de bebedeira”, diz a chefe do plantão administrativo, Ivoneide Mendonça.

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