quarta-feira, 14 de março de 2012

Atendimento no IJF será monitorado por câmeras ligadas à Presidência da República


Doze hospitais de nove capitais brasileiras terão atendimento aos pacientes monitorados, em tempo real, por câmeras ligadas à Casa Civil da Presidência da República, em Brasília. A novidade foi anunciada em pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rádio e TV na noite de quinta-feira e confirmada nesta sexta-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em evento de promoção do Programa Saúde na Escola, em São Paulo:
- Teremos um sistema eletrônico com imagens das farmácias, para coibir o desvio de medicamentos, imagens dos almoxarifados e da sala de recepção, exatamente para vermos o tempo de espera de início de tratamento.
De acordo com Padilha, o sistema também será usado para acompanhar indicadores como disponibilidade de leitos e de medicamentos. O ministério armazenará os dados e os encaminhará à Casa Civil, que vai monitorar não apenas esta iniciativa, mas também outros programas considerados estratégicos pelo governo, caso da Rede Cegonha e do Farmácia Popular.
Dois hospitais serão monitorados no Rio (Miguel Couto e Albert Schweitzer) e em São Paulo (Santa Casa e Santa Marcelina). Nos municípios restantes, será uma unidade de emergência por cidade: Hospital Dr. José Frota (Fortaleza-CE), da Restauração (Recife-PE), Roberto Santos (Salvador-BA), de Urgências (Goiânia-GO), de Base (Distrito Federal-DF), João XXIII (Belo Horizonte-MG), Conceição (Porto Alegre-RS) e Metropolitano (Belém-PA).
A iniciativa integra o programa SOS Emergência, que visa qualificar a gestão e o atendimento em grandes hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cada estabelecimento receberá R$ 3,6 milhões anualmente para participar do programa. De acordo com o ministro, o sistema informatizado está em fase de implantação, mas alguns hospitais ainda necessitam de ajustes tecnológicos antes do início do monitoramento. A meta é atingir 40 unidades até 2014.
Padilha também explicou outro projeto anunciado pela presidente, que prevê ligações do ministério para todas as gestantes atendidas pelo SUS. Desde o ano passado, a internação só ocorre quando o paciente informa o endereço e o número de telefone. A medida permitirá ao governo colocar em prática, em maio, uma ouvidoria da Rede Cegonha.
- Fizemos uma pesquisa que mostra que 25% das mulheres se queixam da assistência durante o parto. Com a informação (obtida nas ligações), vamos poder avaliar quais hospitais precisam qualificar o atendimento.
No evento, Padilha se recusou a estipular uma data para que os 40 leitos de UTI da rede federal que estão inoperantes há mais de um ano no Rio de Janeiro sejam colocados em funcionamento. Conforme mostrou o GLOBO, é preciso esperar de dois a dez dias para conseguir uma vaga em leitos de UTI dos hospitais públicos do Rio, apesar dos 40 que estão prontos e sem uso.
- O ministro da Saúde quer (o uso dos leitos) o mais rápido possível - disse Padilha, que atribui o atraso à falta de interesse de médicos intensivistas em trabalhar nas unidades.
Segundo o ministro, uma nova modalidade de contratação será feita por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, vinculada ao Ministério da Educação, porque os concursos realizados até hoje não resolveram o problema. Ao ser perguntado se há data para que os leitos voltem a funcionar, ele encerrou a coletiva e não quis responder.
Fonte: O Globo

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