Doze hospitais de nove capitais
brasileiras terão atendimento aos pacientes monitorados, em tempo real, por
câmeras ligadas à Casa Civil da Presidência da República, em Brasília. A
novidade foi anunciada em pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rádio e
TV na noite de quinta-feira e confirmada nesta sexta-feira pelo ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, em evento de promoção do Programa Saúde na Escola, em
São Paulo:
- Teremos um sistema eletrônico com
imagens das farmácias, para coibir o desvio de medicamentos, imagens dos
almoxarifados e da sala de recepção, exatamente para vermos o tempo de espera de
início de tratamento.
De acordo com Padilha, o sistema
também será usado para acompanhar indicadores como disponibilidade de leitos e
de medicamentos. O ministério armazenará os dados e os encaminhará à Casa Civil,
que vai monitorar não apenas esta iniciativa, mas também outros programas
considerados estratégicos pelo governo, caso da Rede Cegonha e do Farmácia
Popular.
Dois hospitais serão monitorados no
Rio (Miguel Couto e Albert Schweitzer) e em São Paulo (Santa Casa e Santa
Marcelina). Nos municípios restantes, será uma unidade de emergência por cidade:
Hospital Dr. José Frota (Fortaleza-CE), da Restauração (Recife-PE), Roberto
Santos (Salvador-BA), de Urgências (Goiânia-GO), de Base (Distrito Federal-DF),
João XXIII (Belo Horizonte-MG), Conceição (Porto Alegre-RS) e Metropolitano
(Belém-PA).
A iniciativa integra o programa SOS
Emergência, que visa qualificar a gestão e o atendimento em grandes hospitais
que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Cada estabelecimento receberá R$
3,6 milhões anualmente para participar do programa. De acordo com o ministro, o
sistema informatizado está em fase de implantação, mas alguns hospitais ainda
necessitam de ajustes tecnológicos antes do início do monitoramento. A meta é
atingir 40 unidades até 2014.
Padilha também explicou outro
projeto anunciado pela presidente, que prevê ligações do ministério para todas
as gestantes atendidas pelo SUS. Desde o ano passado, a internação só ocorre
quando o paciente informa o endereço e o número de telefone. A medida permitirá
ao governo colocar em prática, em maio, uma ouvidoria da Rede
Cegonha.
- Fizemos uma pesquisa que mostra
que 25% das mulheres se queixam da assistência durante o parto. Com a informação
(obtida nas ligações), vamos poder avaliar quais hospitais precisam qualificar o
atendimento.
No evento, Padilha se recusou a
estipular uma data para que os 40 leitos de UTI da rede federal que estão
inoperantes há mais de um ano no Rio de Janeiro sejam colocados em
funcionamento. Conforme mostrou o GLOBO, é preciso esperar de dois a dez dias
para conseguir uma vaga em leitos de UTI dos hospitais públicos do Rio, apesar
dos 40 que estão prontos e sem uso.
- O ministro da Saúde quer (o uso
dos leitos) o mais rápido possível - disse Padilha, que atribui o atraso à falta
de interesse de médicos intensivistas em trabalhar nas
unidades.
Segundo o ministro, uma nova
modalidade de contratação será feita por meio da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares, vinculada ao Ministério da Educação, porque os concursos
realizados até hoje não resolveram o problema. Ao ser perguntado se há data para
que os leitos voltem a funcionar, ele encerrou a coletiva e não quis
responder.
Fonte: O Globo
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quarta-feira, 14 de março de 2012
Atendimento no IJF será monitorado por câmeras ligadas à Presidência da República
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