segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Risco de morte é sete vezes maior

Quem anda de moto, está mais exposto a acidentes. O risco de morte para o motociclista chega a ser sete vezes maior do que para quem anda de carro. Se estiver sem capacete, o risco sobe para oito vezes. A constatação é do cirurgião vascular Lineu Jucá, do Instituto Dr. José Frota (IJF), hospital referência no atendimento a trauma.
O dado está registrado na dissertação de mestrado do médico, defendida na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Na hora do acidente, segundo o médico, o motociclista está exposto a fraturas nos membros inferiores (64%), nos membros superiores (36%) e na cabeça (30%).


O motoboy Douglas Costa, 18, por exemplo, só tem meia hora para cada entrega. Ele conta que já furou filas e avançou sinal vermelho. Reconhece o risco, mas diz que “é o jeito”. “Já me acidentei e fraturei o braço”.

De cada 13 mortes por acidentes de moto, segundo Lineu Jucá, 12 foram por causa de traumatismo cranioencefálico. “E a falta do capacete contribui muito para isso”, alerta. Para o médico, o problema da quantidade de acidentes e mortes não é a moto, mas a forma como o veículo é utilizado.

“É preciso usar com responsabilidade”. No IJF, em setembro, 627 pessoas deram entrada na emergência, por causa de acidentes de moto. Em agosto, 654. Em julho, foram 675. A média do mês de julho foi a maior registrada este ano.

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