quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Samu atende menos vítimas de acidentes

DEPOIS DA LEI SECA
Samu atende menos vítimas de acidentes

No primeiro mês de vigência da Lei Seca, serviço atendeu menos acidentados em 17 capitais e Distrito FederalBrasília. O número de acidentes de trânsito atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi menor em 17 capitais e no Distrito Federal, no primeiro mês de vigência da Lei Seca, em relação aos 30 dias anteriores. A lei entrou em vigor no dia 20 de junho.Consideradas as 26 capitais pesquisadas, no total, houve uma redução de 14,86%, em relação ao período anterior (de 21 de maio a 19 de junho), segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde. O número de ocorrências caiu de 11.918 para 10.146.A redução foi de mais de 20% em seis cidades: Manaus (67,87%), Belém (56,10%), São Luiz (28,57%), Campo Grande (24,58%), Salvador (22,78%) e Macapá (22,62%).O número de atendimentos a acidentados de trânsito foi maior em sete capitais: Porto Velho (15,23%), Belo Horizonte (0,76%), Goiânia (150%), Teresina (0,89%), Florianópolis (7,65%), Vitória (4,31%) e Palmas (15,78%) e ficou estável em Cuiabá.O Samu de Boa Vista, capital de Roraima, ficou fora do levantamento por ter começado a operar quando a lei já estava em vigor.Atualmente, de acordo com dados do ministério, os acidentes de trânsito respondem por uma fatia significativa dos atendimentos do Samu. Em Brasília, por exemplo, 60% das ocorrências de trauma estão relacionadas ao trânsito.Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a Lei Seca teve um impacto positivo no sistema de saúde, ao diminuir o número de atendimentos a vítimas de trânsito. Com isso, segundo ele, o Samu atende melhor quem tem algum problema emergencial em casa e as equipes dos hospitais de urgência e emergência podem se dedicar de forma mais tranqüila aos seus pacientes.“As pessoas que esperam por uma cirurgia eletiva têm o tempo de espera encurtado, ou seja, os benefícios são múltiplos”, afirmou Temporão, de acordo com sua assessoria.A diminuição dos atendimentos de emergência, por conta dos acidentes de trânsito, proporciona redução de gastos. De acordo com cálculos do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o atendimento médico hospitalar, internações, cirurgias e tratamento das vítimas de acidentes de trânsito custam ao Sistema Único de Saúde (SUS) R$ 5 bilhões por ano. Com uma redução de 10% no número de vítimas no trânsito, o Ministério da Saúde economiza R$ 500 milhões, o bastante para construir 300 Unidades de Pronto Atendimento 24 horas.REDUÇÃO DE ACIDENTES- 9,76% em Fortaleza (CE)- 10,38% em Aracaju (SE)- 10,85% no Rio de Janeiro (RJ)- 14,02% em Natal (RN)- 14,26% em São Paulo (SP)- 18,95% no Distrito Federal- 22,78% em Salvador (BA)- 56,10% em Belém (PA)- 67,87% em Manaus (AM)

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